A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estima um corte de R$ 3 milhões após o novo bloqueio de verbas anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) na segunda-feira (28). A redução de repasses vai impactar no pagamento de auxílios oferecidos a estudantes de baixa renda, água e energia, de trabalhadores terceirizados, contratos e serviços.
O corte anunciado pelo MEC é no valor de R$ 1,68 bilhões sendo que R$ 344 milhões são nas universidades federais. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes) avalia que a decisão do Governo Federal vai impactar diretamente na quitação de despesas essenciais. Este é o segundo corte no orçamento, visto que R$ 438 milhões foram retirados no meio do ano.
“Após o bloqueio orçamentário de R$ 438 milhões ocorrido na metade do ano, essa nova retirada de recursos, estimada em R$ 244 milhões, praticamente inviabiliza as finanças de todas as instituições”, diz um trecho da nota emitida pela Andifes.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) estima que 416 beneficiários das bolsas de Assistência Estudantil da UFMT serão prejudicados.
Segundo o DCE, a universidade hoje oferta 1076 bolsas desse auxílio e, com o corte, poderia custear apenas 850. Parte dos beneficiários pode começar o ano de 2023 sem a ajuda. Além disso, estudantes ingressantes em próximos semestres não teriam direito sequer de solicitar bolsas de auxílio permanência.
Em nota, o MEC informou que recebeu notificação do Ministério da Economia a respeito dos bloqueios orçamentários realizados e que mantém comunicação aberta com todos e para avaliar alternativas e buscar soluções para enfrentar a situação.
Fonte: gazetadigital.com.br