Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (União), classificou como ‘desnecessária’ a briga entre o grupo do governador Mauro Mendes (União) e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), por conta do remanejamento de recursos que seriam para as BRs 158, 242 e 080, que passarão para as obras do Rodoanel em Cuiabá.
Segundo ele, isso seria uma antecipação da disputa eleitoral de 2026 e poderá prejudicar o Estado de Mato Grosso.
“Eu vejo como uma briga desnecessária e antecipada. E muito antecipada, não acho que é momento para isso. Nós estamos conversando, o Governo tem quatro anos aí, e eleições é daqui 4 anos. Então não tem sentido começar essa briga agora, eu acho que ela é prejudicial ao estado e totalmente desnecessária”, disse Eduardo Botelho (União).
Governo colocou uma verdadeira ‘tropa de choque’ contra o ministro. Fávaro, após reunião da bancada federal, com a presença do governador Mauro Mendes (União), no Ministério dos Transportes, lamentou através de um vídeo que o pedido da gestão iria tirar recursos das rodovias federais.
Em resposta, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, o senador Mauro Carvalho e o governador Mauro Mendes, todos do União Brasil, chamaram Fávaro de mentiroso, e afirmaram que o recurso não seria das rodovias.
Porém, o senador Jayme Campos (União), que participou da reunião, confirmou que o recurso estava sim previsto para as obras das BRs 158, 242 e 080. Contudo, o Governo ainda não possui licenças para iniciar a obra, o que faz com que o recurso permaneça parado.
Jayme defendeu a iniciativa do Governo, alegando que tais recursos poderiam ser devolvidos para a União. “E o que o Governo fez, pediu realocação, remanejamento para a obra do Rodoanel de Cuiabá que já tem licença e só falta o recurso. O que foi feito é evitar que o Estado perdesse esses recursos que estavam parados”, disse.
Briga entre os ‘Mauristas’ com Carlos Fávaro (PSD) ocorre desde o ano passado, quando o ministro decidiu apoiar o presidente Lula (PT) nas eleições, enquanto Mauro Mendes (União) foi o responsável pelo palanque de Bolsonaro.
Após a eleição, Fávaro se tornou ministro da Agricultura, e o governador ainda não teve nenhuma reunião com ele no Ministério da Agricultura.
O grupo do governador enxerga em Fávaro uma ameaça eleitoral para 2026. Isso porque o ministro será o candidato de Lula no Estado. E Fávaro fortalecido, prejudica o grupo que sonha em fazer o sucessor ao governo e os dois senadores.
Fonte: gazetadigital.com.br