Chefe do partido em MT, Fábio Garcia não aceita pesquisas quantitativas e qualitativas como critério de definição
O deputado Eduardo Botelho (União), presidente da Assembleia Legislativa, não está nada contente com a condução do seu partido, no que se refere a eleição do próximo ano, em Cuiabá.
O parlamentar, que busca viabilizar o seu nome para a disputa majoritária, cobra da agremiação critérios claros para definição sobre quem será o candidato do partido a prefeito da Capital.
Leia também:
PSB, PSD e MDB querem passe de Botelho para disputa em 2024
Isso porque, além dele, outro que também está de olho no pleito eleitoral é o deputado federal Fábio Garcia.
“Vamos conversar e construir. Vou conversar com Fabinho para construir uma regra clara. E pode ter duas soluções: ou eu aceito e nós vamos para esta regra ou não aceito e aí temos que decidir isso”, disse.
Segundo Botelho, a solicitação já foi repassada, inclusive, ao governador Mauro Mendes (União), principal líder da legenda no Estado.
As declarações do parlamentar fazem referência ao fato de Garcia não aceitar pesquisas quantitativas e qualitativas como critério de definição.
“É isso que eu quero saber: qual é o outro critério? É idade, é beleza? Se for beleza, eu já ganhei. (risos) É isso que eu preciso saber: quais são as regras”, completou.
A cobrança de regras especificas se dá porque o deputado Fábio Garcia é presidente do partido em Mato Grosso, e ainda conta com o apoio da maioria da Executiva.
Nos bastidores, inclusive, a conversa é de que ele seria também o preferido do chefe do Executivo Estadual.
Diante disso, Botelho não descarta a possibilidade de deixar o União Brasil, caso não sejam definidos esses critérios.
“Eu disse que são várias opções. Se a regra for bem clara, eu fico, mas depende da regra também. Porque, depois podem falar que quem decide é presidente do partido, e o presidente é ele. Ai não, né. A Executiva do partido também é só deles. Então, tem que achar uma regra que contemple tanto eu, quanto ele. Que possamos estar em condições justas. Que contemple democraticamente o povo, que é avaliação popular, que são as pesquisas”, disse Botelho.
Vale lembrar, contudo, que Botelho só pode vir a sair da legenda se tiver liberação.
A janela partidária para que deputados estaduais venham a trocar de partido só abre às vésperas das eleições gerais. que, no caso, ocorrerão apenas em 2026.
“Quando volta, nós vamos sentar e conversar claramente, decidir nosso futuro, se vamos continuar juntos. Eu quero uma regra clara e democrática. Se não, aí, sim, vou pedir a liberação, e tchau e obrigado, cada um para seu lado. Cada um cuida da sua vida”, colocou o parlamentar, que está de licença da Assembleia Legislativa.
Fonte: diariodecuiaba.com.br