Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades, elaborado pelo Instituto Cidades Sustentáveis, mede o progresso em áreas essenciais para a qualidade de vida, como erradicação da pobreza, saúde, educação, igualdade de gênero, saneamento e proteção
A maioria das 142 cidades de Mato Grosso tem baixo Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR). É o que revela a mais nova edição do indicador apresentada na última sexta-feira (1º) em Brasília. No país, das 5.570 cidades brasileiras que participaram do IDSC-BR, 51,3%, ou seja, 2.885 municípios obtiveram nota baixa na classificação.
O Índice, elaborado pelo Instituto Cidades Sustentáveis, mostra a evolução das cidades brasileiras em direção a Agenda 2030 da Organização Nacional das Nações Unidades (ONU), tendo sua primeira edição em 2015, depois em 2022, 2023 e, agora, em 2024.
Trata-se de uma ferramenta que avalia o desempenho das cidades em relação aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e que mede o progresso das cidades em áreas essenciais para a qualidade de vida, como erradicação da pobreza, saúde, educação, igualdade de gênero, saneamento e proteção ao meio ambiente.
No Estado, apenas 13 municípios mato-grossenses têm IDSC-BR médio. Localizado a 210 km ao Sul de Cuiabá, Rondonópolis é o que tem o maior índice em nível estadual ocupando a posição de nº 933 na lista nacional e registra apenas 53,44 pontos de desenvolvimento sustentável, em uma escala de zero a 80/100. O IDSC é considerado muito baixo até 39,9; baixo, até 49,9; médio, até 59,9; alto; até 79,9 e muito alto, acima.
Ainda em Rondonópolis, entre os setores essenciais à população com os melhores índices estão água potável e saneamento; e energias renováveis e acessíveis. Entre as áreas com os piores indicadores estão igualdade de gênero; indústria inovação e infraestrutura; proteger a vida terrestre e paz, justiça e instituições eficazes.
As demais 12 localidades mato-grossenses com os melhores IDSCs-BR são Santa Rita do Trivelato (53,14); Ribeirãozinho (52,96); Cláudia (52,06); Primavera do Leste (52,04); Barra do Garças (51,70); Porto dos Gaúchos (51,61); Acorizal (51,28); Lucas do Rio Verde (51,00) Nova Marilândia (50,65); Juína (50,44); Alta Floresta (50,34) e Campo Verde (50,02).
Já as cinco últimas cidades com as menores pontuações no Estado, destacando-se negativamente entre os 5.570 municípios brasileiros avaliados pelo IDSC-BR, estão Vila Bela da Santíssima Trindade (37,13); Colniza (36,62); Santa Terezinha (35,68); Nova Nazaré (35,58) e Campinápolis (35,23).
Capital de Mato Grosso, Cuiabá ficou na posição número 1.945 do ranking entre todos os municípios, com nível de IDSC-BR baixo (49,46). Levando-se em consideração apenas as capitais está em 14º lugar. Em primeiro, aparece Brasília com a maior pontuação (57,13) e, o menor, é Porto Velho (37,10 pontos).
Dentre os 17 objetivos, o melhor índice alçando por Cuiabá foi o de “energias renováveis acessíveis” (muito alto). “De 2000 a 2013, mais de 5% da população mundial obteve acesso à eletricidade (de 79,31 para 84,58). Para os próximos anos a tendência é aumentar a demanda por energia barata”, pontua o documento.
Já as áreas consideradas com níveis muito baixos verificados na Capital mato-grossenses foram cinco, sendo elas: igualdade de gênero; indústria, inovação e infraestrutura; cidades e comunidades sustentáveis; proteger a vida marinha, e parcerias para implementação dos objetivos.
No geral, nenhuma cidade brasileira atingiu o nível muito alto, mas 91, ou seja, 1,6% já estão com alto nível de desenvolvimento sustentável. Os municípios com índices muito baixos representam 16,8% do total e são 934 localidades.
Diretor-presidente do Instituto Cidades Sustentáveis, Jorge Abrahão, disse, em entrevista à imprensa, que o levantamento é um retrato do nível de desenvolvimento sustentável das cidades, que traduz um pouco da qualidade de vida nos territórios. “E é este o grande objetivo dele (índice): melhorar a qualidade de vida”, frisou. A edição do IDSC é resultado de parceria entre o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e a Caixa Econômica Federal.
Fonte: diariodecuiaba.com.br