A Polícia Federal divulgou o balanço da “Operação Sign Off” deflagrada na manhã desta quarta-feira (14), em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Alta Floresta, Rondonópolis, Ribeirão Preto (SP) e Ponta Porã (MS). No total foram apreendidos mais de 300 iPhones, equivalente a aproximadamente R$ 4 milhões.
De acordo com as informações da Policia Federal, o objetivo era desmantelar um esquema de compra e venda de dispositivos eletrônicos vindos do Paraguai, sem pagamento dos impostos devidos. Esse esquema ilícito movimentou um total de R$ 120 milhões em um ano e meio.
A ação, que teve como ponto de partida a apreensão dos 300 iPhones, fez parte de uma investida mais ampla contra o grupo criminoso que agia em sua maioria, de maneira descarada no Shopping Popular, na capital. No total, 26 empresas foram investigadas, das quais 5 tiveram suas atividades suspensas devido ao seu envolvimento.
As investigações se valeram do monitoramento das redes sociais para levantar dados bancários e fiscais, após obter autorização judicial. Ficou evidente que os envolvidos ostentavam um alto padrão de vida em suas plataformas online, divulgando anúncios de celulares, iPads, caixas de som, jogos
No decurso da operação, foram cumpridos 50 mandados de busca e apreensão, e um dos alvos foi detido em flagrante por porte ilegal de arma.
A operação
O nome da operação, “Sign Off”, é derivado do termo em inglês que representa encerramento ou término. Essa escolha de nome está relacionada a um dos propósitos principais da operação, que é pôr fim ao intrincado esquema financeiro que foi descoberto.
A ação conjunta mobilizou 180 agentes da Polícia Federal e 74 auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal. A execução dos mandados também ocorreram em Sinop, Alta Floresta, Rondonópolis, Ribeirão Preto(SP) e Ponta Porã (MS).
A ordem judicial também determinou a suspensão das atividades econômicas das empresas intermediadoras de recursos, bem como o sequestro de bens móveis e imóveis, bloqueio de criptoativos e valores em contas bancárias.
Os mandados foram emitidos pelo Juízo da 5ª Vara Federal Criminal da SJMT. As investigações revelaram que o grupo investigado movimentava grandes quantias recebidas de comerciantes de eletrônicos por meio de contas de empresas fictícias, registradas em nome de pessoas intermediárias, a fim de ocultar a origem e o propósito das remessas de valores ao exterior para aquisição dos produtos eletrônicos.
Os responsáveis pelas atividades ilegais poderão ser acusados de crimes como descaminho, organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As penas acumuladas para essas infrações podem ultrapassar 20 anos de prisão.
Fonte: odocumento.com.br