O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o filho do gestor municipal, deputado federal Emanuelzinho (MDB), atribuíram a morte da ex-secretária de Saúde de Cuiabá, Suellen Alliend, à suposta perseguição política do governador Mauro Mendes (União) contra a gestão municipal. Ela faleceu aos 40 anos nesta quinta-feira (20) após sofrer um infarto.
Leia também – Cuiabá decreta luto de 3 dias por morte de ex-secretária de Saúde
Sem citar diretamente o governador, Emanuel afirmou que o coração da gestora não suportou a perseguição e a difamação que vinha sofrendo diante do trabalho que realizava na gestão da Saúde da Capital.
“Ela foi perseguida, difamada, caluniada, vilipendiada durante todo o período em que ficou à frente da Secretaria Municipal de Saúde, por pessoas que não têm 1% do conhecimento que ela tinha sobre saúde pública. Enquanto estava à frente da saúde, ela constantemente visitava as unidades, sobretudo as UPAs e Policlínicas, inclusive à noite, de madrugada e aos fins de semana, sempre no intuito de resolver os problemas que eram constatados. Ela viveu os últimos dois anos sob intensa pressão de todos os lados, no limite do estresse. Infelizmente seu coração não aguentou e hoje perdemos essa guerreira. Mas seu legado na saúde pública de Cuiabá nunca vai morrer”, expressou o prefeito.
Suelen Alliend assumiu a Saúde de Cuiabá em 2021. Ela entregou o cargo em dezembro de 2022, um pouco antes da intervenção do Estado na Saúde da Capital, devido às denúncias de medicamentos vencidos, atrasos de salários e falta de assistência na rede pública.
Ela também foi alvo da operação Smartdog, deflagrada pela Polícia Civil, que apurou esquema de corrupção envolvendo a empresa Petimuni Agência Online de Serviços para Animais de Estimação Eireli, que tinha um contrato de R$ 32 milhões para implantar chips em cães e gatos de Cuiabá.
Por meio do Twitter, Emanuelzinho afirmou que Suelen também sofreu com as investigações, que, segundo ele, teriam sido um “teatro policial” patrocinado pelo governador.
“Sofreu demais com a perseguição que Mauro Mendes fez com ela. As pessoas não tem noção do que esse teatro policial patrocinado pelo governo faz com a vida das pessoas. No fim vão ver que ela era assalariada, dependia do salário para viver, e passou por tudo o que passou”, escreveu.
Fonte: gazetadigital.com.br