Candidato de Bolsonaro a prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), ao que parece, anda fazendo de tudo para perder, definitivamente, os preciosos votos dos servidores públicos municipais.
Em entrevista à Rádio Cultura, na manhá desta terça-feira (27), o deputado federal voltou a suspeitar de um segmento do funcionalismo do Palácio Alencastro: aqueles que atuam na Secretaria Municipal de Saúde.
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Na verdade, AB chamou os servidores de ladrões, durante boa parte da entrevista.
Reforçou a desconfiança a respeito da conduta dos servidores, ao comentar sobre a proposta do uso de câmeras nos órgãos municipais.
“Nenhum funcionário é ladrão? Se nenhum servidor é ladrão, porque teve 21 operações policiais? São 21 operações, tem como roubar sozinho? Tem como alguém desviar o medicamento sozinho? Tem como alguém ir lá fraudar o contrato sozinho? Não. Alguém foi cúmplice, alguém foi parceiro desse processo”, afirmou, ao ser questionado sobre a proposta.
“Se tem uma forma de fraudar licitação tem participação de servidor para fraudar licitação, se tem alguma forma de desviar medicamento, tem participação de servidor”, completou.
Para analistas políticos, Abílio não aprendeu com a derrota de 2020, atribuída em parte ao fato de ele ter comprado briga com servidores da Prefeitura, afirmando que, se eleito, promoveria uma demissão em massa.
O bolsonarista, na época, sugeriu que faria uma espécie de “caça aos fantasmas”, sem mostrar provas.
Também sem provas, no ano passado, em entrevista, o então pré-candidato do PL também insinuou sobre a existência de um “esquema de propina” na Secretaria Municipal de Finanças, supostamente envolvendo fiscais de tributos.
Doravante, não é conveniente chamar, para uma mesma reunião de campanha, Abílio Brunine e o grosso do funcionalismo municipal.
Fonte: diariodecuiaba.com.br