Proposta de palanque múltiplo não agrada ao Palácio Planalto, que prefere prioridade para Wellington
O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou, nesta segunda-feira (1º), que ainda não bateu o martelo quanto à possibilidade de palanque aberto para disputa pela vaga no Senado.
De outro lado, ele garantiu que não irá permitir que o presidente Jair Bolsonaro (PL) interfera em sua decisão.
O chefe do Executivo Estadual disse que isso será definido em consenso com os partidos e lideranças que compõem a sua base aliada.
Ele afirmou que sequer chegou a tratar sobre isso com o presidente da República.
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“Não conversei com ele sobre isso, mas o presidente tem que se preocupar com a eleição de presidente. A eleição de Mato Grosso, nós aqui cuidamos, fazemos… Não tem problema nós dialogarmos com o presidente ou com outras lideranças, mas essas definições são tomadas no âmbito de Mato Grosso”, disse o governador.
Mauro Mendes observou que esse assunto era para ter sido fechado na semana passada, mas a sua ausência em Mato Grosso impossibilitou que as articulações afunilassem.
O governador passou a semana em São Paulo, acompanhando a sua esposa, a primeira-dama Virginia Mendes, que teve voltou a fazer exames.
“Era para ter fechado na semana passada, mas tive que me ausentar. Mas, nesta semana, vamos retomar essa conversa, porque alguns partidos defendem isso. O PSB e o MDB defendem isso, e senador Wellington Fagundes defende diferente. Esta semana, vamos ter que encontrar um denominador comum para encontrar uma decisão”, disse.
Por outro lado, ele admitiu que o senador Wellington Fagundes (PL), que irá disputar a reeleição, está trabalhando no sentido de garantir uma aliança fechada entre União Brasil e Partido Liberal para o Senado.
“É natural que ele seja contra o palanque aberto. Todo mundo na política e na vida quer construir aquilo que é melhor para você. Então, ele está correto. Ele defende com os argumentos dele”, disse.
Questionado se o martelo sobre isso não poderá ser batido na quarta-feira (3), durante reunião dos prefeitos de Mato Grosso com o presidente, ele negou.
“Isso vai ser feito aqui em Mato Grosso. Isso não é um assunto para ser resolvido em Brasília. Brasília resolve os problemas de Brasília e Mato Grosso resolve os problemas de Mato Grosso”, completou.
Além de Wellington Fagundes, o grupo de Mendes tem a médicaia Natasha Slhessarenko (PSB) como pré-candidata ao Senado.
Além disso, o MDB e o PSD, que integram o arco de alianças do governador, ainda têm esperanças de atrair novamente para o grupo o deputado federal Neri Geller (PP), que se aliou à Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) e ao grupo de esquerda para viabilizar o seu projeto ao Senado.
A maior dificuldade do palanque aberto, contudo, não seria a quantidade de candidatos ao Senado, mas sim o palanque presidencial.
CasoMendes bata o martelo e defina pelo palanque aberto, Bolsonaro terá que dividir espaço com Simone Tebet (MDB) e ainda com o ex-presidente Luiz Inácio Lula do Silva.
Fonte: diariodecuiaba.com.br