Faltando 21 dias para a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (ALMT) para o biênio 2025/2026, a base do governo Mauro Mendes (União) ainda bate a cabeça para tentar garantir que a primeira-secretaria fique com um parlamentar mais afinado com o Palácio Paiaguás.
Isso porque o grupo não se entende na escolha de um nome para disputar com a deputada Janaina Riva (MDB), que até o momento mantém o apoio de 14 deputados para que ela permaneça na chapa do deputado Max Russi (PSB), candidato consenso a presidente do parlamento estadual.
O líder do governo, Dilmar Dal Bosco (União), entrou na disputa. Ele alega que também tem condições de ser primeiro-secretário. Porém, o Palácio Paiaguás já havia iniciado uma articulação pelo nome de Beto 2 a 1 (União), que tenta viabilizar o seu nome.
A entrada de Dal Bosco em meio à articulação e pressão do Paiaguás para que Beto obtivesse apoio dos parlamentares não caiu bem perante aos deputados.
Nos bastidores, a informação é que Beto 2 a 1 (União) teria reclamado da entrada de Dilmar, no entanto, oficialmente, mantém o discurso que é legitimo por parte do correligionário.
Porém, o desencontro da base do governador Mauro Mendes (União) tem fortalecido indiretamente a deputada Janaina Riva (MDB), que permanece em silêncio diante da pressão do governo para tirá-la da disputa, mas que nos bastidores, vem mantendo o apoio dos deputados que já haviam declarado apoio ao seu nome desde o ano passado.
A escolha da chapa deverá ocorre apenas no dia 5 de agosto, quando se encerra o prazo para as inscrições, que se inicia no dia 2 de agosto. A chapa deverá conter 10 membros.
A disputa tende a se afunilar nos próximos dias, já que alguns deputados defendem em última instância o lançamento de uma chapa para disputar com Max Russi, caso o Executivo continue a insistir em interferir na disputa.
O nome para isso seria do deputado estadual Júlio Campos (União), que atualmente é cotado para ser o vice-presidente na chapa de Max Russi.
Questionado sobre tal possibilidade, o atual presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (União), afirmou que o quadro pode mudar de um dia para o outro e defendeu a isenção de Max Russi na disputa pela primeira-secretaria.
“Eleição de Mesa Diretora pode mudar de uma hora para outra. É isso. Mas, assim como eu permanecerei neutro, eu sugeri ao Max a mesma coisa. E ele está seguindo. Quem tiver mais apoio, será o primeiro-secretário”, afirmou.
Fonte: gazetadigital.com.br