A disputa pelo comando do Legislativo cuiabano está entre a novata Paula Calil (PL) e o reeleito Jeferson Siqueira (PSD)
Depois de o prefeito eleito Abílio Brunini (PL) denunciar um “esquema” da oposição (PSD, MDB e PT) e até “interesse” da facção criminosa Comando Vermelho no processo, a eleição da futura Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá parece “estabilizada”.
A disputa pelo comando do Legislativo cuiabano, para o biênio 2025-2026, está polarizada entre a novata Paula Calil (PL) e o vereador reeleito Jeferson Siqueira (PSD).
Leia também:
Prefeito eleito diz que Comando Vermelho quer o controle da Câmara
Ambos afirmam ter o apoio de 12 parlamentares cada, e se articulam nos bastidores para aumentar suas bases e garantir a vitória em 1º de janeiro, que é quando será realizada eleição.
Paula Calil conta com o apoio de Abilio Brunini (PL) e busca viabilizar uma chapa 100% feminina.
Também integram o grupo da parlamentar os vereadores eleitos e reeleitos pelo PSB: Katiuscia Manteli (PSB), Ilde Taques (PSB), Dídimo Vovô e Sargento Joelson.
Com exceção do atual presidente da Casa, Chico 2000, todo o PL apoia a proposta.
“Estou na disputa. É um desafio, mas nós estamos vivendo esse momento histórico em Cuiabá. Nós temos oito mulheres entre as reeleitas e as eleitas. E o mais surpreendente foi o acolhimento dos vereadores, nos dando todo esse apoio. Eles entenderam esse momento que Cuiabá vive. (…) Eu gosto muito de desafios e eu vou buscar o apoio dos demais vereadores. Nós estamos ainda em construção, como eu já falei, e é muito importante que a gente quebre esse paradigma de que novato não tem condições, não consegue gerir a Câmara”, disse Paula.
Embora o seu nome seja defendido pelo prefeito eleito, a vereadora afirmou que uma eventual gestão da Mesa Diretora não será um “puxadinho” do Executivo Municipal.
Com isso, ela quis dizer que, se for eleita, na próxima gestão, a Câmara de Cuiabá “funcionará de forma independente”.
“A Câmara é uma instituição independente. Quando chegar (sic) os projetos de lei lá, os trâmites vão correr, vão transcorrer normalmente. Então, nós não temos esse problema. É uma instituição independente”, disse Paula Calil.
OPOSIÇÃO – Paralelo a isso, o vereador Jeferson Siqueira articula a construção de uma chapa de “oposição”.
Entre os seus aiados, são dados como certos o atual presidente Chico 2000 (PL) e os vereadores Adevair Cabral (SD), Dídimo Vovô (PSB), Marcrean Santos (MDB), Marcus Brito Junior (PV), Mário Nadaf (PV), Alex Rodrigues (PV), Kássio Coelho (Podemos) e Wilson Kero Kero (PMB).
O vereador, que é pastor evangélico, negou que seu projeto seja respaldado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que preside o PSD em Mato Grosso; do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho; e de líderes do PT.
Fonte: diariodecuiaba.com.br