A soja em grãos foi responsável por 54% do faturamento, gerando sozinha US$ 4,2 bilhões dos mais de US$ 7,60 bilhões faturados
O valor exportado pelo agronegócio mato-grossense alcançou o recorde de US$ 7,60 bilhões, no primeiro trimestre, registrando participação de 21,14% no total nacional, que no período somou US$ 16 bilhões.
Ainda conforme dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o faturamento registrado em Mato Grosso é o 2,84% superior ao consolidado em igual momento do ano passado, quando os embarques somaram US$ 7,39 bilhões.
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Analisando apenas o mês de março, o saldo também recorde na série histórica mato-grossense. Neste ano, o mês rendeu US$ 3,44 bilhões em vendas. Em igual momento do ano passado, havia sido US$ 3,18 bilhões.
As exportações mato-grossenses deste primeiro semestre somaram US$ 7,78 bilhões, dos quais US$ 7,60 bilhões foram de produtos que integram a pauta agropecuária.
A soja em grãos foi responsável por 54% do faturamento, gerando sozinha US$ 4,2 bilhões dos mais de US$ 7,60 bilhões faturados pelo Estado neste primeiro trimestre.
O milho foi o segundo mais importante produto da pauta estadual, registrando participação de 15%, ou seja, contabilizando US$ 1,18 bilhão.
A carne bovina fresca gerou faturamento de US$ 483 milhões – queda anual de 15% – e participação de 6,2% no saldo estadual.
Já algodão com participação de 4,4%, faturou US$ 346 milhões, mas exibe retração anual de 57%.
Os três mais importantes exportadores brasileiros são Mato Grosso com US$ 7,60 bilhões, seguido por São Paulo com US$ 5,65 bilhões e o Paraná com US$ 3,76 bilhões.
Conforme o Mapa, no País, os produtos de maior destaque no mês, em função do crescimento do valor exportado, foram: soja em grãos (+US$ 878,3 milhões), milho (+US$ 397,8 milhões), farelo de soja (+US$ 330,5 milhões), açúcar de cana em bruto (+US$ 215,2 milhões) e carne de frango in natura (+US$ 214 milhões).
Juntos, os produtos contribuíram com US$ 2 bilhões para o aumento das exportações, valor superior ao crescimento de US$ 1,6 bilhão nas vendas externas totais do setor.
Em março de 2022, as exportações do agronegócio foram de US$ 14,4 bilhões.
De acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, o aumento do volume embarcado explica, em grande parte, o valor histórico das exportações do agronegócio em março de 2023.
O índice de quantum das exportações brasileiras do agronegócio subiu 7,1%, e o índice de preço dos produtos exportados teve aumento de 3,5%.
SOJA EM GRÃOS E FARELO DE SOJA – No complexo soja, dois produtos merecem menção com recordes em volume e em divisas: soja em grãos e farelo.
A soja em grãos atingiu US$ 7,3 bilhões (+13,6%) e embarques de 13,2 milhões de toneladas (+8,6%).
O Brasil colhe uma safra recorde da oleaginosa estimada em 153,6 milhões de toneladas (+22,4%).
A China continua sendo o principal destino, absorvendo 75,7% do total embarcado pelo Brasil.
Já as vendas de farelo de soja somaram valor recorde de US$ 1,1 bilhão (+45,5%), e quase 2 milhões de toneladas (+31,7%).
A União Europeia, maior importadora do produto, adquiriu US$ 492,3 milhões (+40,9%) e 904,4 mil toneladas (+29,1%).
CARNE DE FRANGO – As exportações do país alcançaram o recorde de US$ 967,8 milhões (+29,6%) em março deste ano, com incremento de 25,5% em volumes exportados, que foram de 504,9 mil toneladas.
Os principais importadores foram China, Japão e Arábia Saudita.
Segundo analistas da SCRI, em um contexto mundial com surtos generalizados de gripe aviária nos principais exportadores, foram abertas oportunidades adicionais para o mercado brasileiro, já que o Brasil nunca registrou casos em seu território.
AÇÚCAR – As exportações de açúcar alcançaram recorde de US$ 818,1 milhões (+46,4%).
O volume exportado aumentou 27,0%, atingindo 1,8 milhão de toneladas.
Há expectativas de menor produção de açúcar em países como China, Índia, México, Tailândia e União Europeia.
MILHO – As exportações de milho alcançaram US$ 401,9 milhões. Em março de 2022 foram de apenas de US$ 4,1 milhões.
Os principais destinos foram Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Vietnã.
Fonte: diariodecuiaba.com.br