Representantes do agronegócio de Mato Grosso têm encontro marcado com Lula na próxima semana
Deputado Neri Geller está na base do presidente Bolsonaro e já foi ministro no governo Dilma
O deputado federal Neri Geller (PP) detonou a ‘demonização’ da aproximação dos representantes do agro de Mato Grosso à esquerda, mas especificamente ao ex-presidente Lula (PT), que é o principal adversário do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa eleitoral deste ano.
Geller esteve recentemente em reunião com lideranças da esquerda de Mato Grosso e foi convidado para uma reunião entre representantes do agronegócio de Mato Grosso e Lula. O encontro ocorre no próximo dia 8, em São Paulo. Neri disse que desta vez não vai porque tem compromisso, mas pode ir em uma próxima. Ele defende a aproximação como necessária para debater propostas e obter resultados políticos.
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“Os representantes do agro têm que sentar com todos os presidenciáveis. Têm que sentar como presidente Bolsonaro, com o ex-presidente Lula, com o Moro, têm que sentar com Ciro Gomes, que tem um vínculo forte aqui no estão de Mato Grosso, para colocar as pautas do agro. Agora é o momento de conversar e não vejo nenhuma dificuldade”, defendeu em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (03).
Geller, que foi ministro da Agricultura e Pecuária no governo Dilma Rousseff (PT), argumenta que é preciso manter o diálogo aberto e ainda reconhecer avanços na gestão petista.
“Não vou fechar as portas para ninguém. Não vou deixar de reconhecer os avanços que nós tivemos na minha gestão como ministro. Ajudamos muito o estado e ajudamos muito país e vamos conversar, porque nada se aprova no Congresso Nacional se não tiver maioria dos votos. A população tem que ter consciência disso”, destacou completando que é com diálogo que se consegue resultados.
Na base de apoio ao presidente Bolsonaro, Geller foge de responder quem seria o candidato ideal neste momento.Ele garante que vai seguir com o que for defino pelo partido e ressalta que está preocupado em construir a candidatura dele ao Senado, o que segundo o parlamentar, é independente de Bolsonaro, que está no mesmo partido do senador Wellington Fagundes (PL), que vai tentar a reeleição.
“Nunca falei que serei candidato só se tiver o apoio incondicional do presidente Bolsonaro. Minha candidatura estou construindo com um grupo forte aqui dentro do Estado. Vou construir minha candidatura se tiver respaldado e tiver grupo”, declarou.
Fonte: conexaopoder.com