MT: NA FASE DO DESCOBRIMENTO: Diamantes de ex-secretário ainda são ‘mistério’ para a PF

MT:  NA FASE DO DESCOBRIMENTO:    Diamantes de ex-secretário ainda são ‘mistério’ para a PF
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O Ministério Público Federal (MPF) solicitou que os 12 sacos com zip lock, contendo dezenas de diamantes, encontrados em baixo da cama do ex-secretário de Ciência  e Tecnologia, Nilton Borgato, faça parte do ressarcimento ao Estado brasileiro pelos crimes supostmente praticados pela organização criminosa que ele faz parte.

O pedido está na denúncia feita contra 16 pessoas alvos da Operação Descobrimento, da Polícia Federal deflagrada no dia 19 de abril, que resultou na prisão de Borgato, o lobista Rowles Magalhães, a doleira Nelma Kodama e mais 6 pessoas.  Caso condenados, poderão receber pena de mais de 60 anos de prisão.

O confisco dos bens apreendidos em posse dos denunciados somariam mais de R$ 69 milhões, No caso de Borgato, os diamantes encontrados, cujo valores ainda não foram revelados, indicam novos desdobramentos.

Borgato é sócio de uma mineradora e responde na Justiça uma ação por danos causados ao meio ambiente, em virtude da implantação de uma balsa flutuante equipada com apetrechos para a exploração de diamantes diretamente do leito do Córrego Antártico, no Município de Nova Xavantina, “apontando irregularidades e ilegalidades no ato de emissão das licenças ambientais”.

Conforme o GD apurou, um inquérito policial teria sido aberto para apurar de onde os diamantes vieram e se realmente pertencem ao ex-secretário, já que o mesmo preferiu ficar em silêncio durante o depoimento solicitado pelo delegado resposnável pela investigação.

Nos bastidores, a suspeita é que Borgato faria o tráfico internacional de pedras precisosas.  Além dos diamantes, foram apreendidos debaixo da cama de Borgato R$ 29.300 mil e 4 mil dólares. Também foi apreendido dois veículos, um Honda Civic e Civic Touring. Os carros também foram solicitados para perdimento de bens.

Descobrimento

A investigação começou logo após a apreensão de mais de 500 kg de cocaína em um avião particular no Aeroporto Internacional de Salvador em fevereiro de 2021. A partir das investigações, a polícia conseguiu identificar toda a estrutura criminosa atuante nos dois países, compostas por fornecedores de cocaína, mecânicos e auxiliares responsáveis pela abertura da fuselagem do avião para esconder a droga -, transportadores que eram responsáveis pelos voos além dos doleiros responsáveis pela movimentação financeira do grupo.

Borgato, Rowles Magalhães e a doleira Nelma Kodama, primeira delatora da Operação Lava Jato, eram  do 1º escalação da Orcrim.   Além dos 3, também foram denunciados Ricardo Agostinho, Cláudio Rocha Júnior, Marcelo Mendonça de Lemos (Gordo), Marcelo Lucena da Silva, Marcos Paulo Barbosa Lopes (Papito), Edson Carvalho Sales dos Santos, Dilson Borges dos Santos, Richard Rodrigues Consentino, Cícero Guilherme Conceição Desidério, Mansur Mohamed Ben Barka Heredia, Lincoln Félix dos Santos, Fernando de Souza Honorato e Joelma de Moraes Gomes Girotto.

Fonte:       gazetadigital.com.br


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