Declaração de apoio de Bolsonaro à candidatura de reeleição começa a perder peso sem engajamento político
Há menos de um mês o peso do apoio do presidente Jair Bolsonaro ao senador Wellington Fagundes (ambos do PL) começa a ser minado pela resistência de bolsonaristas no interior de Mato Grosso e pela falta de um grupo político para sustentar a campanha de reeleição do parlamentar.
Fonte ouvida pelo LIVRE diz que a candidatura de Wellington Fagundes associada a Bolsonaro é vista como “atravessamento”. O senador não teria tanta proximidade desse eleitorado quanto outros pré-candidatos, e isso tem servido de nicho para a entrada deles.
“Se você caminhar pelo interior, pelo nortão, você vai ouvir muito isso. As pessoas não estão contentes com o nome do Wellington Fagundes, elas preferem outros nomes para votar”, disse.
A resistência à campanha do senador já havia sido confirmada ao LIVRE na semana passada pelo deputado federal Nelson Barbudo (PL), que disse acreditar em uma reversão da situação.
Porém, o Partido Liberal (PL), presidido pelo próprio senador, ainda não encontrou forças para engatar a pré-campanha. A situação tem favorecido, por exemplo, o deputado federal Neri Geller (PP), que aposta em agenda municipalista para atrair apoio.
A pré-candidatura de Fagundes tem estado encosta na declaração de apoio de Bolsonaro à eventual candidatura pela reeleição do governador Mauro Mendes (União Brasil). Contudo, seu partido tem feito manifestações de distanciamento.
À espera do União Brasil
O líder do governo na Assembleia Legislativa, Dilmar Dal Bosco (União Brasil) diz que não existe apoio dos liberais à gestão de Mauro Mendes e o governador deveria considerar esse fator para definir quem irá apoiar.
Ontem (23), o deputado Eduardo Botelho (União Brasil) disse que luta por decisão unificada do partido para candidato ao Senado – inclusive com a hipótese (rara) de alguém do União sair candidato. E já ressaltou que o apoio de Bolsonaro a Mauro não obriga grupo a aceitar Wellington Fagundes.
Enquanto isso, Elizeu Nascimento, delegado Claudinei e Gilberto Cattani, novatos no PL com quase dois meses de partido, ainda não compraram a pré-campanha de Wellington.
Conforme a fonte, o cenário para pode favorecer a hipótese de todo grupo se distanciar mais da ala bolsonarista no país. Já existe articulação para a tentativa de consolidar candidaturas sem relação com figura de Bolsonaro em Mato Grosso. Mas, com cuidado para não levarem tiro no pé.
Fonte: olivre.com.br