Emanuel Pinheiro (MDB) voltou a defender a instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e questionou a mudança de postura do governador Mauro Mendes (União), que decidiu pela troca para o BRT. Ele lembrou que Mauro era prefeito da Capital na época em que o VLT foi aprovado.
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“Quando você começa a pensar que quem era o prefeito de Cuiabá na época em que arrebentaram com a cidade era o atual governador Mauro Mendes, você não entende porque que ele está fazendo isso, ele não analisou o VLT, então? Ele não sabia as consequências? Não estava vendo? Então existe uma série de contradições”, argumentou.
O atual prefeito também citou que o projeto do VLT foi aprovado e teve seus investimentos liberados, com as obras sendo iniciadas e materiais e equipamentos adquiridos, estando eles hoje armazenados.
“Eu acho que essa questão do VLT e BRT é uma das uma das maiores barbaridades da história política e administrativa, econômica e social […] é uma decepção onde eu vejo a Avenida da FEB arrebentada daquele jeito, R$ 1 bilhão de dinheiro público, quando eu levei isso tudo para o Ministério das Cidades junto com o deputado federal Emanuelzinho, eles ficaram horrorizados”, disse.
Pinheiro ainda defende o VLT porque vê o modal como a alternativa mais moderna e sustentável para a capital. O prefeito também voltou a afirmar que o BRT proposto para as duas maiores cidades de Mato Grosso não é um “BRT de verdade”.
“Os grandes centros do Brasil e do mundo partem para o VLT. O Rio de Janeiro está trocando todo o BRT por VLT, só aqui em Cuiabá querem voltar para o BRT, que aliás nem BRT é, aqui é uma linha de ônibus semi-exclusiva, […] porque o BRT mesmo é exclusivo como na Avenida Anhanguera em Goiânia […] de ponta a ponta, corredor exclusivo, ali não tem conversão à direita nem à esquerda, não entra táxi, não entra moto, não entra Uber, não entra mototáxi, não entra nada”, disse.
Emanuel criticou a falta de discussão com a sociedade e com as prefeituras sobre a mudança e afirmou que não quer ver acontecendo em Cuiabá o que já está ocorrendo em Várzea Grande, onde as obras do BRT já foram iniciadas.
“Nós não podemos deixar fazer em Cuiabá o que estão fazendo em Várzea Grande, aquilo é um absurdo, estão fazendo de madrugada, de noite, de manhã, à tarde, com sol, com chuva, que é para tornar irreversível o processo. Penso eu, pelo o que eu vi, que, em termos de Várzea Grande, eu acho difícil retomar o VLT depois do que fizeram […] o meu problema é Cuiabá, defendi muito para Cuiabá e Várzea Grande, mas eu tenho que falar por Cuiabá”.
Fonte: gazetadigital.com.br