Após o adiamento nesta quinta-feira (14) da votação do pedido de afastamento do vereador Marcos Paccola (Podemos), que atirou e matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse que a Câmara Municipal precisa dar uma resposta rápida ao caso.
“A câmara precisa entender o seu momento histórico e tomar uma decisão, seja ela qual for. Seja uma adesão muito bem fundamentada em todos os aspectos”, disse. “Eu sinto que a câmera não tá sabendo se sair dessa areia movediça que ela entrou”.
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De acordo com Emanuel, o vereador Marcos Paccola está enrolado e desesperado à procura de achar um culpado para tentar dar um viés político ao caso da barbaridade acontecida.
“Que a justiça aja, que a câmara faça o seu julgamento político sem interferência de ninguém baseado nos fatos, é o que eu desejo”, declarou o prefeito.
A previsão era de que a votação do afastamento de Paccola acontecesse nesta quinta. Porém o sargento Vidal (MDB), da base aliada de Emanuel, pediu que o requerimento fosse apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa de Leis antes de ir ao plenário. Os parlamentares aprovaram por 15 votos a 7.
Na quarta-feira, o juiz João Bosco Soares Da Silva negou o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) contra Paccola. O magistrado determinou apenas a apreensão de aparelhos celulares.
Emanuel, por sua vez, disse que o pedido do MP e da Polícia Civil não influenciou na decisão dos vereadores em adiar a votação e elogiou a fundamentação dos promotores e dos delegados a respeito do pedido de prisão preventiva.
“Pelo contrário, tá fortalecendo uma tese. Mas eu concordo, as coisa tem que ser melhor analisadas, mesmo diante da violência, da atrocidade e da barbaridade do caso”, declarou.
Fonte: gazetadigital.com.br