Em agosto, MT foi responsável por 47,14% dos envios nacionais, escoando 49,17 mil toneladas da fibra
O ciclo de exportação da pluma mato-grossense da safra 2022/23 se iniciou no último mês.
De acordo com os dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), mediante balanço mensal da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em agosto Mato Grosso foi responsável por 47,14% dos envios nacionais, escoando 49,17 mil toneladas da fibra.
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O volume exportado por Mato Grosso, no mês passado, foi 125,37% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, pautado, principalmente, pelo aumento na produção da safra 2022/23 ante a 2021/22.
No entanto, se comparado com agosto de 2020 (período em que se embarcava a pluma da safra 2019/20, com produção semelhante à deste ciclo), nota-se uma redução de 37,85% nos envios oriundos de Mato Grosso, visto que outros estados, como a Bahia, aumentaram a participação nas exportações, segundo os analistas do Imea.
No que tange aos principais compradores da pluma mato-grossense, China, Malásia e Bangladesh, juntos, representaram 65,43% dos envios do Estado.
Por fim, a expectativa é que as exportações se intensifiquem no mês de outubro, como sazonalmente ocorre, devido ao maior volume de algodão beneficiado e de pluma disponível para embarque.
MERCADO – De acordo com o Imea, a comercialização da pluma da safra 2022/23, em agosto, alcançou 74,35% da produção estimada para o ciclo.
Dessa forma, as vendas da safra avançaram 2,11 pontos percentuais (p.p.) no comparativo mensal, a um preço médio de R$ 132,84/@.
Cabe destacar que as vendas do ciclo seguem atrasadas em relação à média dos últimos cinco anos, visto que alguns informantes do Imea relataram que estão aguardando preços mais atrativos para negociarem maiores volumes.
Com relação à safra 2023/24, 40,13% da produção projetada já foram negociadas, avanço de 5,12 p.p. em agosto/23 ante a julho/23.
O maior avanço é reflexo das altas registradas nas cotações futuras da Bolsa de Nova York, devido à piora nas condições das lavouras dos Estados Unidos, o que refletiu em melhores preços em Mato Grosso e motivou novas vendas no Estado.
Por fim, as vendas de agosto foram fechadas a um preço médio de R$ 135,44/@, 1,68% maior que julho/23.
COLHEITA – Com o ritmo afetado pelas condições climáticas em algumas regiões do Estado, que ocasionaram atrasos no campo, a colheita de algodão em Mato Grosso atingiu 96,88% da área cultivada da safra 2022/23, nessa virada de mês.
Este percentual está 3,12 pontos percentuais atrás em relação ao mesmo período da safra 2021/22.
A região Nordeste é a mais próxima do final da colheita, com 99,68% de sua área já concluída, ao mesmo tempo que a Oeste é a mais atrasada, com 94,49%.
Fonte: diariodecuiaba.com.br