Presidente diz que pretende fechar “quase todos” locais dedicados a prática, mas não apresentou projeto
O governador Mauro Mendes, que criticou proposta da gestão Lula
O governador Mauro Mendes (União) criticou a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) proibir o funcionamento de clubes de tiros no País. Para ele, esta não é uma forma de se combater a violência.
A possibilidade de fechamento desses locais foi levantada por meio de live pelo presidente nesta semana. Segundo Lula, a intenção é fechar “quase todos” os clubes brasileiros. Ele, no entanto, não apresentou o projeto.
“Não vejo que esses clubes de tiros sejam um problema. Nós não precisamos desviar o foco. O foco da violência não é o clube de tiro, o foco é bandidagem que toma conta de norte a sul, são as facções”, afirmou Mendes, nesta quinta-feira (27).
O governador disse, porém, que, se houver uma legislação que proíba a abertura e promova o fechamento dos clubes de tiros, deve obedecê-la.
“Nós estamos em um País onde as leis precisam ser cumpridas. Se houver uma lei maior sob a qual o Estado, e eu como governador, tenha que cumprir, não terá outra alternativa”, disse.
Não vejo que esses clubes de tiros sejam um problema. Nós não precisamos desviar o foco
“Se o Governo Federal fizer uma ação contundente [contra violência], vou parabenizar também nessa direção. Agora, desviar o foco e fechar clube de tiro? Não vejo que isso seja um problema para melhorar a segurança pública”, emendou.
Entenda
O Governo Lula tem se posicionado contrário a acessibilidade de armas de fogo para a população. Lula editou um decreto, recentemente, em que estabeleceu restrições para o acesso às armas, revertendo a política flexibilização feita na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Na quarta-feira (26), logo após a declaração de Lula sobre o fechamento de clube de tiros, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o fechamento se derá apenas a clubes de tiros ilegais.
“Nós estamos preocupados com a situação dos clubes de tiro que não cumprem a lei”, afirmou.
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Fonte: midianews.com.br