Antônio Galvan, é presidente da Aprosoja Brasil e diz que políticos de MT deixam a desejar para o setor agro
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antônio Galvan, afirmou que os parlamentares de Mato Grosso não representam “à altura” o setor do agronegócio. Pré-candidato ao Senado pelo PTB, o dirigente classista afirmou que por mais que alguns dos representantes mato-grossenses em Brasília sejam produtores rurais da agricultura e da pecuária, todos deixam a desejar na representatividade ao agro.
Em entrevista ao Jornal da Capital, na manhã da última sexta-feira (22), Antônio Galvan avaliou que a maioria da bancada mato-grossense em Brasília “está mal”.
Ele citou o exemplo recente do indulto decretado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que perdoou a condenação do deputado federal Daniel Silveira, do partido do presidente da Aprosoja Brasil. Segundo o dirigente do agro, os parlamentares, ao invés de criticarem o chefe do Palácio do Planalto, deveriam defender a Constituição ou alterá-la.
“Nossos representantes não estão à altura da nossa necessidade. Vários deles são produtores rurais, mas a gente percebe que somos o setor que manda mais, mas não temos essa energia de quem está lá. Se tivéssemos, a população não falaria tão mal do nosso Congresso Nacional. Tudo que está acontecendo atualmente é uma aberração, porque nossos congressistas não fazem a tarefa deles dentro de casa. Todos sabem que coloquei meu nome como pré-candidato e pretendo lutar muito, mas uma andorinha só não faz verão. Na nossa bancada, a grande maioria está mal”, disparou Galvan.
Ao ser questionado sobre um possível “racha” no agronegócio em relação a eleição presidencial de outubro, Galvan avalia que não existe esta divisão. Recentemente, grandes nomes do setor como o ex-governador Blairo Maggi (PP) cogitaram apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para o presidente da Aprosoja Brasil, a esmagadora maioria do setor, no entanto, apoia a reeleição de Jair Bolsonaro. Sobre as eleições estaduais, ele acredita que dificilmente seu partido, o PTB, apoiará um novo mandato de Mauro Mendes (União Brasil) ao Palácio Paiaguás.
“Não concordo que exista racha no agronegócio. Bem pra lá de 90% apoia o Bolsonaro para a reeleição. Pode ser que tenham alguns que votem no Lula, ou quem for outro candidato. Inclusive, tudo indica que ele não deve ser, pelo que a gente vê dos acontecimentos. Creio que ele não seja o mais forte da oposição. Acredito que ainda é um mistério. Em relação ao Governo do Estado, prefiro não emitir opinião. Estamos trabalhando em lançar um nome de dentro do PTB e pode ser o Flávio Frical, mas acredito que não apoiaremos Mauro Mendes. No entanto, tudo pode acontecer e nunca se dispensa nada. Mas, pelos comentários, dificilmente haverá um apoio direto ao governador em uma busca a reeleição”, disse.
Fonte: folhamax.com