Apesar da queda, o mantimento permanece 1,54% acima no mesmo período de 2023, quando estava em R$ 774,37
Com recuo de 0,11% verificado na terceira semana de março sobre a semana anterior, a cesta básica atingiu o valor de R$ 782,80 na capital do Estado.
Apesar da queda, o mantimento permanece 1,54% acima do verificado no mesmo período de 2023, quando estava em R$ 774,37.
Conforme boletim divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio-MT (IPF-MT), oito dos 13 alimentos averiguados demonstraram diminuição nesta semana.
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O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destacou o alto custo da cesta básica cobrado em Cuiabá, que se mantém em patamar acima dos R$ 780.
“O valor atual é um dos mais altos para a série histórica em Cuiabá. O alto custo do mantimento também foi observado no início deste ano, fazendo com que a nossa cesta fique entre as cinco mais caras do país no mês de fevereiro”, disse.
Wenceslau Júnior também acrescentou que, mesmo com o recuo observado nesta semana, o mantimento continua com valor em nível maior que o verificado no mesmo período de 2023, o que pode estar ligado aos preços de alguns itens da cesta, como o tomate, batata e arroz que estão expressivamente maiores na comparação anual e acabam por se destacarem sobre alimentos que demonstram queda anual, como o óleo de soja, feijão e carne.
Em crescimento pela terceira semana consecutiva, o preço médio do tomate registrou alta de 6,26% na terceira semana de março sobre a anterior, passando de R$ 9,95/kg para os atuais R$ 10,57/kg.
Tal condição pode ter relação com uma oferta menor do produto, diante de questões como a diminuição da produtividade e clima desfavorável, além de uma demanda estável pela fruta.
Para o superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, o aumento no custo da cesta básica está diretamente ligado às variações positivas no custo do tomate.
“Na terceira semana consecutiva de alta, o tomate, com seu preço médio acima dos R$ 10, o quilo não era atingido desde a terceira semana de abril de 2022”.
A batata apresentou queda na variação semanal, de 4,06%, onde seu valor médio foi de R$ 7,78/kg para R$ 7,47/kg.
Com o favorecimento da oferta do tubérculo, seu preço médio continua em queda, o que pode estar relacionado a maior produtividade do produto no período e a demanda que não acompanhou a tendência desse aumento.
Apesar disso, a comparação anual mostra que o preço da batata está 35,26% maior atualmente.
Outro produto com variação semanal negativa foi o óleo de soja, que recuou 1,90% após alta na semana anterior, apresentando preço médio de R$ 6,44/900ml na semana.
Segundo análise do IPF-MT, a diminuição pode estar ligada à redução dos preços dos grãos de soja, junto à elevação da oferta interna do óleo, diante da diminuição de suas exportações.
Fonte: diariodecuiaba.com.br