Mais de 570 servidores da saúde estão afastados por problemas de saúde em Cuiabá. A falta de colaboradores já impacta no atendimento à população e a secretária, Suelen Danielen Alliend, afirma que plantões, valores pagos e tratativas com o Judiciário estão sendo feitas para contornar a situação.
Desde que foi deflagrada a Operação Capistrum, que afastou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) do cargo, o município está proibido de fazer contratações temporárias. A ação policial investiga admissão de servidores sem qualificação para o cargo, com a finalidade de garantir apoio político ao gestor.
De acordo com a secretária, diante da situação de afastamento em massa, está sendo discutido com o Ministério Público Estadual (MPE) e Judiciário a contratação emergencial. Além disso, a prefeitura paga mais aos plantonistas para que cubram o trabalho do servidor afastado.
“Os profissionais de saúde também adoecem, na pandemia não seria diferente. Já estamos com pouco mais de 570 profissionais afastados, entre médicos, enfermeiros e equipe técnica. Temos um processo seletivo aberto, mas por força de decisão judicial estamos proibidos de fazer contratações temporárias. Estamos esperando finalizar o seletivo para repor as equipes”, explicou a secretária de Saúde, na manhã desta quinta-feira.
A gestora reconhece que a falta de servidores tornou os atendimentos na pandemia mais precários e espera que a resposta do Judiciário venha o quanto antes, pois a tendência é que o quadro piore após o Carnaval, daqui a um mês.
“Espero que seja hoje. Já por dois momentos sentamos e eles entenderam a nossa mensagem. Espero que se sensibilizem conosco nesse momento tão difícil”.
Os afastamentos são, principalmente, por gripe e covid-19, que tiveram grande alta dos casos nesse começo de ano.
Fonte: gazetadigital.com