Governador nega que desempenho ruim do seu candidato seja uma espécie de derrota política pessoal
“Eu achei que o Botelho era melhor, mas não foi a vontade de Deus e nem da maioria da população. A gente respeita isso, é a democracia. A vida segue, o Governo segue”.
A declaração é do governador Mauro Mendes (União) e foi dada ao logo de entrevistas, nesta semana, ao fazer um balanço da derrota do seu candidato a prefeito de Cuiabá, deputado estadual Eduardo Botelho (União), no primeiro turno da eleição.
Leia também:
Em campanha do 2º turno, Lúdio pede voto ao governador Mauro Mendes
Abílio diz que não rejeita apoio de adversários no 2º turno
Mauro negou que o desempenho ruim do seu candidato tenha significado uma espécie de derrota política pessoal.
Botelho foi o escolhido pela cúpula do partido e, ainda que tivesse o apoio do governador, ficou atrás de Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT), que estão no segundo turno.
“Primeiro que a eleição é sobre Cuiabá e sobre os candidatos inscritos no pleito eleitoral. Não era sobre o governador Mauro Mendes, e muito menos sobre o Governo. Vale lembrar que, na última eleição, eu tive 69%, quase 70% dos votos na cidade de Cuiabá”, afirmou o governador.
“De lá para cá, o Governo continua trabalhando muito, performando bem, entregando bastante. A avaliação continua positiva, mas a eleição não era sobre o governador Mauro Mendes. Então, há de se perceber claramente que são coisas muito diferentes”, acrescentou.
Sobre a derrota de Botelho, Mendes foi taxativo: “O que houve na prática foi: o candidato não conseguiu conquistar os votos”.
PESQUISAS – Embora tenha sido apontado como favorito por diversos institutos de pesquisa, desde o começo da campanha eleitoral, no primeiro turno, Botelho recebeu 88.9773 votos (27,77%), ficando em terceiro lugar.
Ele disputou voto a voto com Lúdio, que teve 90.719 votos (28,31%).
Abílio ficou na liderança com ampla vantagem sobre os candidatos, acumulando 126.944 votos (39,61%).
DIÁLOGO – Também nas entrevistas, nesta semana, Mauro Mendes disse que estava “aberto” a conversar sobre apoio a qualquer um dos dois candidatos que avançaram para o segundo turno, na eleição para prefeito de Cuiabá.
“Eu posso dialogar com todos, nunca me neguei a dialogar. Sempre conversei. O Lúdio, já manifestei minha opinião sobre ele várias vezes, o que falei não mudo uma linha, porque é verdade. Sobre ele eu disse, como deputado, eu respeito. E, como candidato a prefeito, tenho direito de analisar”, afirmou.
Apesar da derrota em Cuiabá, o governador destacou o número de prefeituras conquistadas pelo União.
“Ganhamos em 60 prefeituras. É o maior número de prefeitos eleitos no União Brasil, disparado do segundo colocado que fez 22.
“Estamos muito tranquilos em relação a posição política do Governo e vamos continuar nossa agenda preparados para ajudar Cuiabá com qualquer um que ganhar”.
LIBERAÇÃO – O governador ainda explicou a decisão do partido de liberar os filiados para decidir quem apoiar no segundo turno.
“Consultei várias lideranças do partido, optei por fazer uma conversa mais rápida e informal, e o União Brasil deliberou por unanimidade de todos os consultados que deveríamos liberar o partido para que cada um, de acordo com sua consciência e convicção, pudesse fazer a suas escolhas”, afirmou.
Fonte: diariodecuiaba.com.br