Kaio Furlan foi preso no momento em que descarregava pneus da caminhonete dele, durante bloqueio
O engenheiro agrônomo Kaio Furlan Andreasse, acusado de tocar fogo em pneus, na BR-163, em Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), durante bloqueios e movimentos antidemocráticos, teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pela Justiça Federal.
A Justiça atendeu a um pedido do Ministério Público.
O veículo dele, usado para transportar os pneus, também foi apreendido.
Leia também:
Deputado de MT e mais 10 podem ser indiciados por incentivo ao vandalismo
Kaio Andreasse foi preso pela Polícia Rodoviária Federal, ao participar do bloqueio na BR-163, no último domingo (8).
Conforme a decisão do juiz federal da 5ª Vara de Mato Grosso, Jefferson Schneider, os policiais rodoviários federais prenderam o suspeito descarregando pneus de uma Toyota Hilux, os quais foram utilizados para colocar fogo e trancar a rodovia.
A equipe constatou que o veículo era de propriedade dele.
A decisão diz que Ministério Público Federal (MPF) entendeu pela necessidade de prisão preventiva do acusado.
A defesa alegou que o suspeito estava no local “apenas para buscar um amigo”, sendo que os pneus encontrados em seu veículo seriam “destinados para o recapeamento”.
O juiz não concordou com o argumento, alegando indícios da autoria para os crimes, sob “gravidade concreta do crime e periculosidade social, citando que somente a prisão preventiva poderá preservar a ordem pública”.
O magistrado reforçou ainda que os crimes, em tese, cometidos com a decisiva participação do acusado foram de “incêndio na rodovia, atentado contra a segurança em meio de transporte e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito”.
Por fim, o juiz alega que os crimes ocorrem dentro de um contexto histórico com insatisfação do resultado das eleições presidências de 2022, “existindo fortes indícios que o custodiado participa ativamente dos movimentos antidemocráticos na cidade”.
A defesa do acusado ainda solicitou a devolução da caminhonete, mas o juiz negou, alegando que o veículo ainda passará por perícia.
Outros cinco suspeitos de atear fogo não foram identificados.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Federal.
Fonte: diariodecuiaba.com.br