Presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Lúdio Cabral, avalia propor a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os contratos firmados pelo Estado com empresas investigadas na Operação Espelho, que apura uma suposta formação de cartel na Saúde estadual.
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Durante entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real, canal 10), nesta segunda-feira (14), o parlamentar disse que solicitou informações à Controladoria Geral do Estado (CGE) para apurar as irregularidades apontas na auditoria do órgão. “O requerimento que fizemos de acesso aos documentos foi para podermos ter, com mais clareza, o conteúdo das investigações que estão sendo realizadas e as irregularidades dos relatórios técnicos das auditórias que a CGE faz”, disse.
Conforme noticiou o Jornal A Gazeta, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) mantém o pagamento às empresas investigadas, mesmo após a CGE ter identificado possíveis ilícitos nos procedimentos feitos sem qualquer tipo de contrato ou licitação.
Desde o relatório da auditoria apresentado no dia 4 de julho, até quinta-feira (10), foram pagos quase R$ 14 milhões para 5 empresas que, segundo a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), integrariam um cartel de 9 empresas para dominar os contatos e licitações com a Saúde do Estado.
Diante disso, o petista tenta reunir documentos que sustentem a abertura de uma CPI. No entanto, ele reconhece que a aprovação do requerimento deve enfrentar resistência na Casa de Leis, já que a maioria dos deputados são aliados do governo.
“As investigações estão avançando, mas o que nós avaliaremos é que se, mais adiante, haverá a necessidade de abertura de uma CPI. Esse é o instrumento mais pesado que o Parlamento tem. Hoje não há um ambiente na Assembleia favorável, porque a ampla maioria dos deputados apoiam o governo”, finalizou.
Fonte: gazetadigital.com.br