Ele é acusado de abuso de poder econômico e de usar conta do filho para fazer “triangulação” com verba de campanha
Em entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira (24), em Cuiabá, o deputado federal Neri Geler (PP) afirmou que não tem nenhum motivo para recuar da candidatura Senado pela oósição.
“Pelo contrário. Se o nosso grupo definir, vamos para cima. E agora, diferente: com o chicote na mão”, disse.
Neri Geller (PP) teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite de terça-feira (23).
A decisão foi por unanimidade: sete votos a zero.
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Ele é acusado de abuso de poder econômico e de ter usado a conta corrente do filho para fazer “triangulação” com dinheiro de campanha.
Muito embora tenha sido declarado inelegível por oito anos, Geller afirmou que manterá sua candidatura ao Senado.
“Eu fui cassado nesse caso de forma injusta. Não vou sair pela porta dos fundos. Porque eu não devo uma vírgula. Se acham que vão dar W.O., estão enganados”, afirmou.
“Estou habilitado e já venceu o prazo de impugnar o registro da minha candidatura. Eu não tenho medo de fazer enfrentamento”, completou.
O parlamentar disse que vai ingressar com recurso contra a decisão (embargo de declaração), tão logo o acordão do julgamento seja publicado pelo TSE.
“Ninguém vai me imputar um crime porque sou agricultor ou porque estou apoiando o presidente Lula. Para mim, isso dá força para fazer o enfrentamento, para ganhar ou perder”, disse.
“Ninguém respeita o Poder Judiciário mais do que eu, mas o Ministério Público Federal, nesse caso, induziu os juízes ao erro”, completou.
Segundo o Ministério Público Eleitoral, Neri Geller teria feito triangulações com doações de empresas, o que é proibido pela legislação, por meio da conta do filho.
Fonte: diariodecuiaba.com.br
Além da triangulação com o filho Marcelo, Geller respondeu por ter realizado doações que totalizaram R$ 1,327 milhão.
Essas doações, somadas aos próprios gastos de sua campanha, que foram declarados ao valor de R$ 2,4 milhões, ultrapassariam o limite dos gastos de campanha estipulado em R$ 2,5 milhões.
A suplente Gisela Simona (União) deve assumir a vaga de Geller.