O réu Jhonatan de Lima foi condenado a 14 anos de prisão por tentar matar a ex-companheira queimada. O casal ficou junto por 15 anos e teve 6 filhos. Por ciúmes, o homem tentou acabar com a vida da mãe de seus filhos em 2020.
Ele foi submetido a júri popular no dia 29 de junho, em Aripuanã (1.002 km a Nordeste) e considerado culpado pelos crimes qualificados como praticado por razões da condição de sexo feminino (feminicídio), motivo fútil, com emprego de fogo, na presença de descendente da vítima. Ao todo, a pena soma 14 anos, dois meses e 20 dias de reclusão.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o casal esteve casado por 15 anos e há 3 tinham se separado. Porém, no dia do crime, moravam juntos provisoriamente na área rural da cidade.
“No dia dos fatos, antes da tentativa de feminicídio, o denunciado havia agredido a vítima, puxando pelos cabelos e jogado no chão, colocando, ainda, uma faca de serra em seu pescoço, forçando-a a conversar com ele, tudo na presença da filha do casal, de apenas sete anos de idade”, diz trecho da denúncia.
A vítima conseguiu escapar das agressões e se trancou em um quarto. Isolada, ela passou a sentir cheiro de gasolina e abriu a porta para ver o que acontecia. Neste momento, o ex a agarrou pelos cabelos e puxou para fora. Ele jogou o combustível no corpo da mulher e ateou fogo com um isqueiro.
Ela foi socorrida e levada ao hospital municipal (55 km de distância de estrada de terra) em caminhonete particular de um vizinho, ficando internada com queimaduras em diversas partes do corpo por mais de 20 dias. O homem fugiu e foi preso em flagrante na cidade de Brasnorte.
Fonte: gazetadigital.com.br