MT: Famílias são despejadas e têm moradias destruídas no Manso

Moradores de uma comunidade localizada abaixo da Usina de Manso, em Chapada dos Guimarães, foram despejados e tiveram suas casas destruídas na tarde desta quarta-feira (10), por ordem da Justiça a pedido de Furnas Centrais Elétricas

Conforme o prefeito Osmar Froner (MDB), foi um “despejo surpresa”, uma vez que nenhum comunicado oficial foi enviado a ele para que pudesse acompanhar a desocupação.

“É um desrespeito, um despejo surpresa dos moradores que ocupavam uma área de Furnas à jusante da usina até a barra do Ribeirão Arraia. O local foi consolidado como moradia há mais de 20 anos”,

“A usina inundou em novembro de 2000, então eles estão lá há 23, 22 anos. Tivemos essa surpresa desagradável sem nenhuma comunicação do aspecto social”, criticou o prefeito.

Vídeos e fotos feitos pelos moradores mostram retroescavadeiras destruindo as casas na propriedade e várias pessoas, apressadas, recolhendo pertences dos imóveis antes da demolição

“Uma covardia imensa de Furnas. Estou ligando para o desembargador para me dar uma orientação do que o Município possa fazer, mas estão destruindo tudo que construíram lá”, disse Froner.

Outro vídeo mostra os escombros do que antes era uma casa. A pessoa que filma diz que o morador, um vizinho, estava em Cuiabá fazendo tratamento.

“Casa do nosso amigo Paquetá, nosso vizinho, um dos mais antigos que tem aqui. Olha a situação que ficou aqui. Derrubaram a casinha dele. Olha que loucura, gente. Tudo com escritura”, disse a pessoa.

“Tem uma máquina derrubando uma casa lá no fundo. Máquina de Furnas também. Quebrando planta, quebrando tudo… Com a liminar que saiu ontem. Isso é justo, o que estão fazendo com a gente?”, diz uma pessoa em outro vídeo.

O prefeito classificou o episódio como um “descaso social”. “Então, eu reafirmo: descaso social, que uma empresa tão conceituada como a Furnas esteja fazendo isso no nosso Município”.

  “Com pessoas que estão lá há muitos anos e precisam do local para viver e morar e buscar no rio Manso seus sustento como pescadores”.