MT: EU EM A GAZETA: Marcha militar e resistência; como MT reagiu ao golpe há 60 anos

MT:  EU EM A GAZETA:  Marcha militar e resistência; como MT reagiu ao golpe há 60 anos
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Quando o sol apareceu com os seus primeiros raios na manhã daquela terça-feira de 31 de março de 1964, já se espalhava a notícia pelo país e o resto do mundo o plano conspiratório dos militares brasileiros contra o então presidente João Goulart, o ‘Jango’ para retirá-lo do poder.

Em Cuiabá não foi diferente. Apesar de pouco divulgado, há exatos 60 anos atrás, jovens e intelectuais e de ‘esquerda’ se movimentaram para tentar construir uma residência ao golpe militar. Já do lado dos defensores do golpe, militares de Mato Grosso marcharam rumo a Brasília para prender Jango.

A histórica reunião de resistência ocorreu no antigo “Campo D’Ourique”, que hoje é a Praça Moreira Cabral, onde está localizada a Câmara Municipal de Cuiabá.

Entre os presentes estavam irmãos Juscelino e Carlos Reiners (que mais tarde ficou conhecido como o último comunista do Pantanal), Antonio Antero de Almeida (advogado), Silva Freire (professor, poeta, jornalista), Wilson Lemos (advogado e poeta); Ronaldo de Castro (jornalista e poeta), Edgar Nogueira Borges (advogado) José Anibal de Souza Bouret (advogado e professor universitário), Agrícola Paes de Barros (médico e ex-deputado federal), Amorésio de Oliveira (ex-deputado estadual e jornalista), Enedindo Machado (sindicalista rural), Valdemar Baloque Alvaro Benedito (capitão do exército), Erculano Barbosa Lima, todos já falecidos; além de Jota Alves (jornalista), Zoroastro Teixeira (advogado), Carlos Gomes Bezerra (deputado federal e ex-governador, na época presidente da ACES Associação Cuiabana dos Estudantes Secundaristas); Nilo Ponce de Arruda Filho, entre outros, discutiam o que poderiam fazer para resistir aos tanques que já estavam nas ruas das principais cidades brasileiras.

Enquanto isso, o coronel Meira Mattos, que era o comandante do 16º Batalhão de Caçadores (16º BC), de Cuiabá, que mais tarde seria rebatizado 44º Batalhão de Infantaria Motorizado, partiu rumo ao Planalto Central.

Meira Mattos, que tinha sido ajudante de ordens do general Castelo Branco durante a 2ª Guerra Mundial, chegou ao Planalto no dia 1º de Abril, invadindo o local para prender Jango, que já estava no Rio Grande do Sul.

“O presidente da República deposto, João Goulart, conseguiu evitar sua prisão pelo 16º Batalhão de Caçadores, de Mato Grosso, partindo esta madrugada de Brasília com destino ao Rio Grande do Sul. De lá, Jango como também é conhecido seguiu para o exílio no Uruguai. A tropa do 16º BC foi a primeira a chegar à Capital Federal com a missão de prender o então presidente, após o estado mato-grossense ter se tornado um dos centros da conspiração contra o governo federal, com o apoio do governador Fernando Corrêa da Costa”, diz uma reportagem do jornal O Estado de Mato Grosso.

Confira a reportagem completa na edição do Jornal A Gazeta…

Fonte: gazetadigital.com.br


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