Vereadores de oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara de Cuiabá, Eduardo Magalhães (Republicanos) e Michelly Alencar (União) cobraram um posicionamento de seus colegas que apoiam o gestor da Capital após a prisão do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, alvo de operação da Polícia Civil que investiga um esquema de desvios de verba da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP).
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“Eu acredito que se os vereadores da base hoje não colocarem a mão na consciência e escolherem de fato o lado que eles querem estar, então realmente eles devem estar esperando que as urnas deem o recado. Ano que vem é ano de eleição municipal e se aqueles que não ficarem do lado do povo, principalmente no momento mais difícil, porque quando se trata de saúde, gente, tratar a vida das pessoas, e aqui estamos vendo uma corrupção escancarada, era uma fábrica de dinheiro”, disse Michelly.
A Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) cumpriu mandados de busca e apreensão, afastamentos cautelares do exercício de função pública, além do sequestro de R$ 1 milhão, que recai sobre o patrimônio de duas pessoas e de uma empresa, investigados por suspeita de participar do esquema.
A vereadora lembrou que o caos na saúde já vem sendo denunciado pelos vereadores da oposição e disse que foi graças ao que foi levantado pelo Gabinete de Intervenção que a operação foi deflagrada.
“Isso não está no portal transparência, isso não tem constatação, as notas eram frias, o dinheiro que foi pago, não tem entrada e saída de caixa, os comprimidos que deixaram de entrar também não tem como ser constatado, se não fosse a intervenção ter feito essa vasculha em todos os documentos, computadores, não teria acesso a essas notas, nós nunca ficaríamos sabendo que mais de R$ 1 milhão foi retirado da saúde de Cuiabá por meio dessas notas frias”.
O vereador Eduardo Magalhães criticou seus colegas que defendem a CPI que quer investigar os atos do interventor enquanto ficou responsável pela saúde, ao invés de apurar as irregularidades da gestão do prefeito.
“Eu não posso dizer cúmplice porque eu sinceramente ainda não entendi aonde [a CPI] quer chegar. Porque você não pode fazer uma investigação em parte, ou você investiga tudo ou você não investiga nada. […] Com certeza a prisão do ex-secretário deixa claro que existe algo errado sim na Secretaria de Saúde da nossa capital. Essa CPI […] é para, tão somente, investigar o investigador e não investigar o acusado. Como que abre uma CPI pra você investigar o interventor e não a denúncia que o interventor fez?”.
A vereadora Michelly também criticou a CPI e reforçou que os vereadores, mesmo os da base, devem honrar os votos que receberam.
“A oposição está muito bem consciente de por quem nós estamos lutando, a gente vai apresentar outra e apresentar outra e apresentar outra, uma hora. Isso aqui gente vai realmente honrar quem precisa […] infelizmente, um time muito forte que o Emanuel conseguiu montar, agora, eu quero fazer um apelo aqui, só os vereadores de oposição não conseguem fazer esse movimento de mudar a opinião dos vereadores que são da base do prefeito, a gente precisa da população, eles devem à população”.
Fonte: gazetadigital.com.br
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