MT: ESCOLA AMEAÇADA: Em reunião com Lula, Mendes defende atacar “DNA” da violência

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Governador afirmou que medidas para enfrentar o problema não podem ser tomadas de impulso

O governador Mauro Mendes: “O que aconteceu em Santa Catariana, de uma certa forma, causa uma sensação de repúdio, perplexidade e indignação”

O governador Mauro Mendes (União) declarou, nesta terça-feira (18), em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes de outros Poderes, que é preciso agir no DNA da violência para acabar com os ataques que ocorrem nas escolas brasileiras.

Mendes falou na condição de presidente do Consócio Brasil Central, que representa ainda os Distrito Federal e os estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins.

O encontro ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília, e reuniu representantes dos Poderes com objetivo de propor ações integradas de proteção nas escolas.

Não dá para fazer uma corrida para comprar detectores de metais e transformá-los em um novo respirador como ocorreu na pandemia

Mendes apontou que o caminho para acabar com a violência nas escolas não deve ser tomado “por impulso”

“Nós precisamos dar respostas e proteger essas 250 mil escolas do nosso País, e cada governador tem a sua iniciativa. Não dá para fazer uma corrida para comprar detectores de metais e transformá-los em um novo respirador como ocorreu na pandemia”, disse o governador.

“[Não basta somente] Levantar muros, contratar policiais… Não tiro mérito de governadores e prefeitos que possam fazer algo. Mas, nós temos que agir no DNA da violência desse pais e desestruturar as causas que estão nos trazendo essas graves consequências”, emendou.

O governador criticou a legislação branda e a lentidão do Judiciário brasileiro.

“A violência no Brasil tem origem profunda, mas nasce na desigualdade e se alimenta de um sistema judiciário lento pelo grande número de processos, pelas leis que hoje não refletem a realidade com eficiência para combater e se realimenta para um sistema penitenciário, que é chamado de sistema de ressocialização, e na prática se transformou num sistema de requalificação para o crime”, disse.

São centenas de jogos violentos. Esses jogos de alguma forma mudam o pensamento, comportamento e a prática desses jovens

O governador ainda apontou como parte do problema os jogos virtuais, que para ele estimulam a violência entre as crianças e adolescentes. Ele ainda citou o crescimento das facções criminosas.

“São centenas de jogos violentos. Esses jogos de alguma forma mudam o pensamento, comportamento e a prática desses jovens”, disse.

O governador também falou do avanço das organizações criminosas.

“No meu Estado, me mostram uma estatística, em que todas as minhas forças de segurança tem 15 mil pessoas, quando uma única facção tem mais de 20 mil afiliados cadastrados no meu querido Mato Grosso. Provavelmente, isso é um retrato da violência em todo País”, disse.

“Precisamos dar uma resposta a esse problema da Educação. Mas agindo por impulso, como é peculiar na cultura brasileira, alguns chamam isso de espasmos, talvez não vamos construir medidas perenes”, completou.

“Repúdio, indignação e medo”

O que aconteceu em Santa Catariana, de uma certa forma, causa uma sensação de repúdio, perplexidade e indignação, mas no fundo de medo

A reunião foi agendada após o episódio, no começo desse mês, em que um homem invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), matando quatro crianças e ferindo três.

O governador apontou que o episódio trouxe “repúdio, indignação e medo” a pais e familiares que de alunos das mais de 250 mil escolas brasileiras.

“O que aconteceu em Santa Catariana, de uma certa forma, causa uma sensação de repúdio, perplexidade e indignação, mas no fundo de medo. […] Quase 250 mil escolas nesse País vivem momento de angustia, e esperam de todos nós que representamos uma parte desse País que tenhamos uma resposta a altura a este momento”, disse.

O evento ainda teve a participação de governadores, dos ministros do Supremo Alexandre de Moraes e Rosa Weber, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG) e ministros do Governo Lula.

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Fonte:  midianews.com.br


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