A escalada da inflação, que marcou 2021, motivando certo descontrole orçamentário das famílias, não impediu que os cuiabanos conseguissem manter as contas em dia no ano de 2021, reduzindo os números da inadimplência.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio/MT (IPF/MT), mais de 71% – quase 143,9 mil em números absolutos – fecharam 2021 com dívidas ou contas parceladas, contra 70,5% verificado em dezembro do ano anterior. No entanto, em relação à inadimplência, os cuiabanos têm honrado seus compromissos, diminuindo o percentual de pessoas com contas em atraso de 35,8% em dezembro de 2020 para 32,3% em dezembro passado.
Outro dado importante da pesquisa é com relação aos que disseram não ter condições de quitar as contas em atraso, registrando queda de 3,9 pontos percentuais também no comparativo anual, passando de 12,2% para 8,3%.
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O presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, explicou que as famílias cuiabanas conseguiram encontrar um ponto de equilíbrio no tocante ao endividamento. “O período pandêmico trouxe diversas preocupações, tanto na saúde quanto na economia global. Mesmo assim, as famílias conseguiram manter equilibradas suas contas, passando por esse período de forma mais tranquila”.
É o que mostra a pesquisa no que se refere à parcela da renda comprometida com dívidas, onde a média ficou em 25,3%. E o principal tipo de dívida verificado é o cartão de crédito, onde 77,5% dos entrevistados disseram estar atrelados a esta modalidade, seguido dos carnês, com 39,3% dos entrevistados.
No entanto, a inflação em alta, ainda segundo o presidente da Fecomércio/MT, pode ocasionar certa dificuldade na manutenção das contas. “Com a atual conjuntura econômica, parte dos mato-grossenses podem sofrer com a alta dos preços e até a perda de renda, o que pode levar ao descontrole do orçamento, ficando, assim, inadimplentes”, concluiu Wenceslau Júnior.
Fonte: matogrossoeconomico.com