Grupo Bezerra está em recuperação judicial desde março deste ano; pedido será analisado pela Justiça
Teté e Carlos Bezerra: pedido de desistência de recuperação judicial
O Grupo Bezerra, do ex-deputado federal Carlos Bezerra (MDB), pediu à Justiça a desistência da ação de recuperação judicial.
A recuperação da empresa foi decretada pela juíza Anglizey Solivan de Oliveira, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, em março, por dívidas que somam R$ 39,5 milhões.
A empresa também tem como sócia a esposa do emedebista, Teté Bezerra, que é secretária estadual de Agricultura Familiar.
No pedido, o casal alegou que conseguiu realizar acordo extrajudicial com parte dos credores, no total de R$ 14,8 milhões.
“Nesse contexto, mister trazer ao conhecimento deste zeloso Juízo que os produtores rurais lograram êxito em equalizar o passivo declarado nestes autos de forma extrajudicial, contando, é claro, com o apoio incondicional de seus credores concursais e extraconcursais, de modo que, ocorreu praticamente a perda do objeto da presente ação, o que justifica, portanto, o presente pedido de desistência”, disse em trecho do pedido.
Produtores rurais lograram êxito em equalizar o passivo declarado nestes autos de forma extrajudicial
“Desse modo, constado que os credores que representam mais da metade dos créditos sujeitos à recuperação manifestaram, livre e espontaneamente, aquiescência ao pedido de desistência do presente concurso de credores, na forma do quórum previsto no art. 45-A, da Lei nº 11.101/2005, requerem digne-se Vossa Excelência em deliberar acerca do pedido de desistência desta Ação de Recuperação Judicial”, acrescentou.
O maior credor do grupo, no entanto, o engenheiro Pedro Luiz Araújo Filho, que tem R$ 17 milhões a receber, não aparece no acordo.
O engenheiro trava uma briga judicial há anos com o casal para ter o débito quitado.
Crise financeira
O Grupo Bezerra alegou que a crise financeira é resultado da recessão econômica, das mudanças climáticas e da pandemia da Covid-19.
E sustentou que vem tentando de todas as formas se estabilizar, reduzir custos, despesas, porém, mesmo assim, o lucro não seria suficiente para manter os resultados, não restando outra alternativa senão a recuperação judicial, já que é única forma encontrada de repactuar as suas dívidas.
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Fonte: midianews.com.br