Pedidos vem depois de o conselheiro Antonio Joaquim, do TCE, votar pela reprovação das contas de Emanuel Pinheiro
Já existem dois pedidos para a instalação de uma comissão processante (CPI) contra o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). O primeiro deles, apresentado pelo vereador Felipe Corrêa (Cidadania), deve ser levado ao plenário nas próximas sessões. O segundo pedido, do vereador Luiz Fernando (Republicanos), deve ser apensado, ou seja, anexado ao primeiro pedido.
Em conversa com a imprensa nesta terça-feira (05), Felipe Corrêa explicou que a principal justificativa para a apresentação do requerimento foi o descumprimento do orçamento aprovado pela Câmara pela Prefeitura.
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“O orçamento parece algo irrelevante, mas não é. Nós estamos falando aqui, somente no último ano, de mais de R$ 200 milhões de descumprimento de orçamento. Nós estamos falando de R$ 1,2 bilhão de dívida acumulada. Desde o início do mandato do prefeito Emanuel Pinheiro a dívida de Cuiabá subiu mais de 250%. Nós estamos falando de um crescimento de dívida de, em média, mais de 30% ao ano. Para dar um exemplo, a China cresce 4% ao ano, o Brasil cresce 3% ao ano”, justificou.
O vereador explicou que isso reflete diretamente nos serviços públicos prestados pelo município, como a Saúde e as Obras Públicas.
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“Esta questão orçamentária, na prática, impacta a sua vida: sua rua está destruída, essa cidade está sem esperança porque essa atual gestão ou o dinheiro escorre pela má gestão ou o dinheiro escorre pela corrupção”, acusou.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Chico 2000 (PL), disse que entende que cada vereador deve agir conforme o seu entendimento, mas que não vai pautar a agenda do Parlamento Municipal pelo que circula na imprensa.
“Minhas ações sempre foram empreendidas em cima de situações reais, concretas. Qualquer orientação pela reprovação das contas, só se efetivará quando chegar nessa Casa. Eu não posso sair pedindo o que eu quero me baseando só no que a mídia falou. Eu não ajo assim”, disse.
O relator das contas referentes ao ano de 2022 no TCE, conselheiro Antonio Joaquim, votou pela reprovação das contas, especialmente devido à existência de uma dívida de R$ 1,2 bilhão na gestão de Emanuel Pinheiro. O relatório ainda não foi votado pelos demais conselheiros.
Após análise do TCE, o parecer é enviado à Câmara de Vereadores, que tem a palavra final sobre a aprovação ou não das contas municipais.
Fonte: eportermt.com