MT: DIVERGÊNCIA DE APOIOS: Fávaro não descarta mais punições a Wilson e outros membros que desafiarem orientações do PSD

MT:  DIVERGÊNCIA DE APOIOS:  Fávaro não descarta mais punições a Wilson e outros membros que desafiarem orientações do PSD
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Carlos Fávaro (PSD) afirmou que mais sanções poderão ser tomadas contra o deputado estadual Wilson Santos (PSD), ou contra qualquer outro membro do partido, caso sejam constatados atos que configurem infidelidade partidária. Wilson já declarou apoio à candidatura de Eduardo Botelho (União), apesar do PSD integrar uma chapa com o PT na disputa à Prefeitura de Cuiabá. O ministro Fávaro disse que “precisamos começar a tratar a política com o devido respeito”.

 

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O deputado estadual Wilson Santos foi destituído do cargo de presidente do diretório municipal do PSD em Cuiabá por causa de seu apoio à candidatura do deputado Eduardo Botelho (União) à Prefeitura de Cuiabá. Ele participou da reunião em que foi confirmado o candidato a vice-prefeito na chapa, o médico Marcelo Sandrin (Republicanos). Ocorre que o partido de Wilson, o PSD, está aliado ao PT nestas eleições municipais, tendo a jornalista Rafaela Fávaro (PSD) como candidata a vice-prefeita.

 

“Partido político não é um instrumento de brincadeira. Não é usar o partido político para só viabilizar a sua candidatura, não. Partido político é uma instituição onde você se identifica. Existe uma situação que é recorrente na política, que é da imprevisibilidade, quando em determinado momento as conjunturas momentâneas mudam a direção. E aí, neste momento, a gente precisa ter razoabilidade (…). Muitas vezes não dá certo uma construção, um palanque, e aí você tem que respeitar as particularidades”, disse o ministro Carlos Fávaro durante a convenção da coligação de Lúdio e Rafaela.

 

“Isso aconteceu, por exemplo, em 2022, com o partido PSD aqui em Mato Grosso e também nacionalmente, por determinação do nosso presidente Gilberto Kassab, que liberou os nossos filiados e candidatos para terem posições livres com relação às eleições presidenciais. Nós compreendemos isso e fizemos isso aqui também. Esta eleição em Cuiabá é diferente. Esta eleição não teve nenhum ato improvisado”, continuou.

 

Carlos Fávaro é presidente do diretório estadual do PSD e tem uma relação próxima com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele contou que há meses esta aliança vem sendo discutida e nenhum membro do partido foi pego de surpresa com a aproximação.

 

“No dia 8 de janeiro o presidente Lula me chamou ao Palácio do Planalto para falar um pouco de política. Para falar um pouco de construção política em Cuiabá. Me perguntou se o PSD tinha candidato a prefeito de Cuiabá. E não tinha, nós não tínhamos uma candidatura formalizada. Nós consultamos, por exemplo, ‘Wilson, quer ser candidato?’, ‘Natasha, quer ser candidata?’, e ninguém firmou este compromisso. Eu não podia mentir para o presidente Lula, óbvio que não (…). Ele falou assim ‘você tem dificuldade de apoiar o projeto que a Federação Brasil da Esperança irá apresentar?’, nós nem sabíamos se era Lúdio, se era Rosa Neide, se era Stopa (…). Portanto, não teve surpresa, eu dei a palavra ao presidente. De lá até as convenções, que é hoje, ninguém se surpreendeu, foi um passo a passo”, explicou.

 

“Eu falei isso, por exemplo, para a nossa chapa de vereadores (…). Tinham em março a oportunidade para escolher sigla partidária, para que campo ideológico iriam, não teve surpresa. Quem ficou aqui no PSD sabe qual é o rumo da política, eu não escondi de ninguém. Agora, desrespeitar isso é desrespeitar a sigla partidária. Por isso o Wilson foi destituído da presidência municipal e tantas quantas sanções forem necessárias para membros do partido durante o processo eleitoral serão tomadas com muita tranquilidade”, afirmou.

 

Além de Wilson, outra integrante do partido que constantemente está presente em eventos com membros do União Brasil é a senadora Margareth Buzetti. Ela ocupa a cadeira no Senado em substituição a Fávaro, por ser sua primeira suplente, já que ele foi nomeado ministro. Na época da nomeação ela era filiada ao PP, mas deixou a sigla como sinal de que não seria oposição ao governo do PT no Senado.

 

Fávaro quase não ficou com o cargo de ministro por causa do receio que o Governo Federal tinha com a atuação que Buzetti poderia ter, considerando que no passado ela já apoiou Jair Bolsonaro. Há alguns meses, inclusive, ela chegou a afirmar que apoiaria a candidatura de Botelho à Prefeitura da capital. Fávaro disse que medidas poderão ser tomadas contra os dois.

 

“Eu não vi o ato ainda, mas na medida que se caracterizar contra o regimento do partido, medidas serão tomadas, não só para os dois, como também para os pré-candidatos a vereadores (…), e não é só aqui. Porque convenção é um ato muito sério, é algo muito forte da nossa democracia, não é um ato banal, não é um ato que se desrespeita. Precisamos começar a tratar a política com o devido respeito. Em todos os municípios de Mato Grosso será cobrada fidelidade às convenções. Eu não interferi em nenhum município de Mato Grosso, todo mundo compôs no PSD do jeito que quis, agora, cumpra com a sua fidelidade”.

 

Outro parlamentar que também não está contente com o posicionamento político do PSD é o deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho. Em junho ele anunciou que pretendia deixar o partido por conta do alinhamento da sigla com a esquerda. Fávaro disse que não quer que o colega saia do PSD.

 

“O Nininho é um grande quadro, é uma pessoa maravilhosa, um amigo pessoal (…) e eu não vou perder o Nininho, [deixar] sair do PSD, vou fazer de tudo para ter ele junto conosco sempre”, afirmou.

Fonte:    gazetadigital.com.br


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