Cinema nacional completa 125 anos nesta segunda-feira (19) e o setor no Brasil tem ganhado cada vez mais destaque e visibilidade no país e exterior. Mesmo com investimentos considerados baixos para a produção, o audiovisual brasileiro mostra seu valor com talento e dedicação.
Professor de cinema brasileiro na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) desde o surgimento do curso na instituição de ensino, em 2018, Leonardo Esteves, destaca que o cinema é multifacetado e uma forma de fazer arte imprescindível.
“Para um país de terceiro mundo, subdesenvolvido como o Brasil, o cinema é, acima de tudo, um ato de heroísmo e resistência. A gente luta desde sempre contra forças muito poderosas que são os cinemas estrangeiros, que têm muito capital e investimento. E o cinema brasileiro é uma forma de manter viva uma cultura nossa, que coloca a gente no mapa [sic] e que a gente se reconheça na tela como povo”, disse.
Para celebrar o Dia do Cinema Brasileiro o GD preparou uma seleção de filmes destaque na produção nacional e receberam indicações a prêmios.
A lista começa com um verdadeiro clássico: Cidade de Deus. A trama mira na história de Dadinho e Buscapé, dois amigos que vivem em meio a violência na favela do Rio de Janeiro. A obra de Fernando Meirelles e Kátia Lund, lançando em 2002, já foi indicada ao Oscar de Melhor Direção.
Bacurau é um pequeno povoado do sertão nordestino onde seu povo descobre que não consta no mapa do país. Com direção de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, a obra foi lançada em 2019 e fez grande sucesso lotando sessões de cinema.
Que horas ela volta? Com direção de Anna Muylaert conta a história da pernambucana Val (Regina Casé), que se mudou para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para sua filha, Jéssica. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente, como não deveria, a situação se complica.
Tropa de elite também é um verdadeiro clássico do cinema brasileiro. O filme aborda as perigosas missões que o capitão Nascimento e seu grupo de policiais têm de enfrentar, enquanto tentam salvar as favelas do Rio de Janeiro do crime organizado e do tráfico de drogas que controlam as áreas. A trama teve continuação.
Em Central do Brasil, Dora é uma professora aposentada que leva a avida escrevendo cartas para pessoas analfabetas. Um dia, Josué, o filho de nove anos de idade de uma de suas clientes, acaba sozinho quando a mãe é morta em um acidente de ônibus. Ela reluta em cuidar do menino, mas se junta a ele em uma viagem pelo interior do Nordeste em busca do pai de Josué, que ele nunca conheceu.
No quesito humor, o cinema brasileiro também tem seu destaque. A sequência de filmes De Pernas Para o Ar, conta a história de Alice que após ser abandonada pelo seu marido João e demitida de seu emprego, ela fecha uma parceria com Marcela, sua vizinha e dona de uma loja de artigos eróticos.
Vai que Cola conta a história dos personagens Dona Jô, Ferdinando, Jéssica, Terezinha e Maicon que vivem numa pensão no bairro do Méier, no Rio de Janeiro. Na pensão eles vivem muitos momentos engraçados. O primeiro filme conta com a participação de Paulo Gustavo.
Fonte: gazetadigital.com.br