Levantamento do site Congresso em Foco revela que, passados dois meses do início da 57ª Legislatura, os Conselhos de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados e do Senado Federal já acumulam 54 representações apresentadas para os colegiados apurarem as ações dos parlamentares.
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O valor é puxado, principalmente, pelos 39 processos acumulados no Senado.
Reeleito como presidente do Conselho de Ética no dia 28 de março, o senador mato-grossense Jayme Campos (União) não convocou a votação de nenhum processo desde setembro de 2019.
A única vez que o colegiado se reuniu, nos últimos quatro anos, foi para eleger JC como o presidente e seu vice, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).
Estão paradas no Conselho de Ética representações para apurar as ações dos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Marcos do Val (Podemos-ES), após do Val denunciar um suposto plano para espionar o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Sempre que é questionado, Jayme alega que a pandemia da Covid-19 impediu a realização das reuniões presenciais do colegiado, o que impediu os trabalhos do Conselho.
Enquanto isso, a Câmara já tem 15 representações, apresentadas desde o início da legislatura.
Dessas, nove se referem às ações dos parlamentares durantes os atos golpistas do dia 8 de janeiro e pedem a investigação de deputados, como o mato-grossense e bolsonarista José Medeiros (PL).
Também há representações contra o ex-deputado Nelson Barbudo (PL), bolsonarista que foi rejeitado pelos eleitores de Mato Grosso, no ano passado.
Fonte: diariodecuiaba.com.br