MT: Desembargador do TJMT diz que CV não comente crime de “fundo de quintal” e mantém prisão de “Patroa”

MT:  Desembargador do TJMT diz que CV não comente crime de “fundo de quintal” e mantém prisão de “Patroa”
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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso manteve, por unanimidade, a prisão domiciliar de Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo, a “Patroa”, esposa de Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, um dos principais líderes do Comando Vermelho em Mato Grosso. A decisão foi dada pela Segunda Câmara Criminal durante sessão realizada nesta quarta-feira (6). Os desembargadores Pedro Sakamoto e José Zuquim seguiram o voto do relator, Rui Ramos.

Thaisa foi alvo da primeira fase da Operação Ativo Oculto, deflagrada em março pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Polícia Civil e Polícia Militar. A substituição da prisão preventiva dela para domiciliar foi concedida pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, no mês passado.

Durante a audiência, o advogado Artur Osti sustentou que o Ministério Público Estadual (MPE) acusa Thaisa de ser a número 2 do CV só pelo fato de ser esposa de quem é. Segundo ele, a  denúncia do MPE não narra nenhum único delito praticado por ela.

No voto, o relator citou, porém, que Thaisa sequer exerce uma ocupação lícita “a não ser a convivência ou a participação em organização criminosa, que embora com o seu líder preso e com as pessoas que já foram presas continua tendo atividade dentro do Estado. Então, não se trata de uma coisa de ‘fundo de quintal’. É algo que tem uma proporção enorme”, disse.

A operação

A Ativo Oculto desarticulou os delitos de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores auferidos em decorrência da atividade da organização criminosa.

A primeira fase da operação, que teve Thaisa como alvo, ainda  cumpriu 271 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão, prisão preventiva, prisão temporária, bloqueio de bens e valores em Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D´ Oeste, Araputanga, Barra do Bugres, Arenápolis, Sinop e Rondonópolis.

Também foram cumpridas ordens judiciais em Mato Grosso do Sul e Rondônia. Já a segunda fase foi deflagrada no dia 2 de abril e prendeu a advogada de Sandro Louco e outras duas pessoas.

Fonte:  odocumento.com.br


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