TCU aponta que há 193 construções federais em diferentes áreas, como Educação, Infraestrutura e Saúde, paralisadas
Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) revelam que há quase R$ 1 bilhão de investimentos em obras públicas da União parados, em Mato Grosso.
Segundo o TCU, neste ano, dentre 541 construções federais, 193 (35,7%) tiveram os serviços interrompidos em alguma etapa, ou seja, antes da sua conclusão.
Os dados estão disponíveis no “Painel de obras paralisadas”, divulgado nesta semana.
Neste ano, conforme o TCU, houve investimento de R$ 4,6 bilhões em nível estadual, sendo que os empreendimentos inacabados contabilizam o montante de R$ 974,5 milhões.
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De acordo com o TCU, o painel tem o objetivo de consolidar os dados de contratos relacionados a obras públicas custeadas com recursos federais.
Para isso, reuniu às informações dos principais bancos de dados oficiais do país.
Os dados foram extraídos da Caixa Econômica Federal – Orçamento Geral da União; do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle; da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, os três setores ligados ao Ministério da Educação (Mec); Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), e do Sistema de Monitoramento de Obras (Sismob), ligado ao Ministério da Saúde (MS).
Em todo país, atualmente, são mais de 22,5 mil obras registradas, das quais mais de 8,6 mil estão paradas, cerca de 38%.
O investimento total previsto é da ordem de R$ 116,86 bilhões em todo território nacional.
Ainda no Estado, as interrupções nos serviços ocorrem nas mais variadas esferas e etapas.
Há tanto projeto com 95,9% de empreendimentos executados quanto outros que não chegaram à metade da execução.
A área da Educação é a que tem o maior número de obras paralisadas, contabilizando 92 das 193 identificadas, equivalendo a 47% do total.
Outro setor, sem identificação das áreas, soma 60 paralisações.
Já Infraestrutura e Transporte contam com 16 obras sem conclusão.
Há ainda oito serviços na área do Saneamento, seis na Saúde, cinco no setor da Agricultura, quatro em Turismo e duas em Habitação.
Quanto aos principais financiadores, o DNIT encabeça a lista com valor de investimento de obras paralisadas na ordem de R$ 530 milhões.
A Caixa vem em seguida, com R$ 166 milhões, e após, o Sistema Integrado de Monitoramento e Execução de Controle (Simec) com outros R$ 118 milhões.
Segundo o levantamento, 34,2% das obras paradas já receberam pagamento via emendas parlamentares e 45,7% ainda não tiveram qualquer repasse.
Fonte: diariodecuiaba.com.br