O deputado estadual Wilson Santos esteve em Vila Bela da Santíssima Trindade (521 km de Cuiabá) na sexta-feira (1). O parlamentar foi averiguar de perto denúncia de que as águas do principal rio da região estão sendo contaminadas por rejeitos do garimpo ilegal de ouro em um dos seus principais afluentes: o rio Sararé. O convite foi feito pela Câmara Municipal e prefeitura.
“O Sararé nasce na comunidade indígena de mesmo nome e está tomado pelo garimpo ilegal. O desbarrancamento e contaminação de suas águas com mercúrio, chumbo e outros metais pesados têm decretado sua morte e poluído as águas do Guaporé”, explicou o vereador Clodoaldo Miranda da Cruz.
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O rio Guaporé nasce do encontro dos rios Moleque, Sepultura e Lagoazinha na chapada dos Parecis (MT), a 630 metros de altitude. Tem 1.716 km, sendo que 1.150 km são navegáveis a partir de Vila Bela da Santíssima Trindade seguindo até a fronteira entre o Brasil (margem norte) e a Bolívia (margem sul).
Os representantes do Ibama, Edilson Paes, e da Funai, Andre Rodrigues, confirmaram a garimpagem ilegal e disseram que os órgãos federais têm combatido este tipo de crime. Porém, o pequeno efetivo e as dificuldades de acesso tornam o trabalho lento. Equipamentos usados no garimpo ilegal tem sido destruídos e os responsáveis autuados.
“O problema é que enquanto destruímos equipamentos e multamos, os garimpeiros compram novas máquinas que são pagas rapidamente com o dinheiro da extração ilegal do ouro. Os agentes públicos entram e fazem o trabalho, quando viram as costas eles voltam a minerar de forma ilegal. Precisamos de mais efetivo, de multas pesadas e de ação de recuperação das áreas degradas pelo Poder Público se quisermos acabar de vez com a mineração ilegal”, explicou o representante do Ibama que informou a promessa de maior efetivo de agentes na área a partir de 2024. Hoje, são 23 agentes para todo o estado de Mato Grosso.
O deputado Wilson Santos vai montar um dossiê sobre o problema e levar às autoridades estaduais e federais.
“Vamos levar fotos, imagens e depoimentos de ribeirinhos, pescadores, indígenas e autoridades locais ao Governo do Estado, ao Ministério Público e aos Ministérios do Meio Ambiente e da Pesca e Aquicultura, já que o rio é federal, mas o licenciamento de garimpos e a fiscalização também cabe à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT). Precisamos acabar com o garimpo ilegal”, disse Wilson Santos.
”Queremos providências imediatas. Impedir o garimpo ilegalmente é dever do Poder Público” disse Wilson que é vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Minerais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso”.
Fonte: gazetadigital.com.br