O avanço semanal de 0,78%, o terceiro consecutivo, está atrelado ao aumento em 10 dos 13 itens que compõem a cesta
Com custo de R$ 813,22, a cesta básica, levantada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), atingiu, na terceira semana de junho de 2024, o maior valor da série histórica desde março de 2022.
A alta no custo do mantimento também está 6,50% maior que o averiguado na mesma semana de 2023, que foi de R$ 763,58.
Leia também:
Mesmo com quebra, 35 milhões t devem ficar sem espaço em MT
O avanço semanal de 0,78%, o terceiro consecutivo, está atrelado ao aumento em dez dos treze itens que compõem a cesta.
Segundo análise do IPF-MT, os itens como batata, banana, leite, café e óleo de soja tiveram destaque nas variações de preço, com todos apresentando variação acima de 1%.
O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, destaca o impacto do clima para as variações dos produtos observados nesta semana.
“Os produtos hortifruti se destacam por impactar em grande medida as variações semanais da cesta, o que pode estar atrelado à alta influência das questões climáticas sobre a produção desses itens e que, por consequência, incide na oferta e qualidade encontrada nas gôndolas”, explicou Igor Cunha.
Registrando aumento de 3,77%, o preço médio da batata passou para R$ 10,85/kg.
A variação para mais, sendo o terceiro consecutivo, pode ter relação com a oferta reduzida do tubérculo, atrelado ao impacto das mudanças climáticas nas principais regiões produtoras.
O produto também atingiu o maior valor médio da série histórica e está 46,43% acima do averiguado no mesmo período do ano passado.
A banana também demonstrou avanço esta semana de 2,42%, custando R$ 9,44/kg na média, o que pode ter relação com a diminuição da oferta do fruto em algumas regiões, combinado com o aumento da demanda no período, o que contribuiu para o aumento no preço.
O leite permanece pela sexta semana consecutiva em aumento, demonstrando uma variação de 1,58% nesta semana, passando a custar R$ 7,31 o litro na média.
Os constantes aumentos podem ter relação com a diminuição da produção no período de entressafra, o atraso do início da safra na região sul do país, a diminuição das importações do lácteo e o aumento nos custos de produção do leite.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, reforça que o alto custo do mantimento influencia no poder de compra das famílias na capital, o que pode acontecer em outros municípios do estado.
“Em aumento crescente e permanecendo acima dos 800 reais, o que representa um grande peso sobre a organização financeira das famílias. Nessas três primeiras semanas de junho, o mantimento acumula variação positiva de 5,69% no seu preço, com um avanço nominal próximo dos 45 reais” disse.
Fonte: diariodecuiaba.com.br