Deputado estadual Diego Guimarães (União) declarou que ainda não recebeu o requerimento da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Saúde do Estado. Pedido de apuração foi feito pelo parlamentar Wilson Santos (PSD) e, segundo Diego, está parado a mais de 30 dias na Assembleia Legislativa.
O pedido foi realizado após várias irregularidades serem apontada na Saúde do Estado, que culminaram na Operação Espelho. Além disso, ameaças de paralisação tem sido recorrentes por parte de profissionais que citam falta de pagamento. Na quarta-feira (25), cerca de 20 cirurgias eletivas do Hospital Estadual Santa Casa, em Cuiabá, foram suspensas por greve dos anestesistas que alegam 5 meses de pagamentos pendentes.
“Até o momento, não recebi o requerimento dessa CPI, que vem sendo ventilada aqui na casa há quase 30 dias. O fato é grave. Estamos tentando entender se foi a empresa que não pagou os médicos ou se foi o Estado que não pagou a empresa. O secretário alega que não falta dinheiro na secretaria, mas que, depois da Operação Espelho, a secretaria tem feito um pente fino maior dentro dos contratos para os pagamentos, quando há inconsistência”, disse Guimarães em entrevista ao programa Notícia de Frente, da TV Vila Real.
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O deputado afirma que irá averiguar os casos dos anestesistas e se está dentro do objeto da CPI. Enfatiza ainda que não possui dificuldades nenhuma de assinar uma CPI que possa tratar de uma investigação sobre o que acontece na saúde do Estado. Apesar de dizer que assinaria o pedido para investigação do Estado, o deputado não demonstra qualquer empenho para tanto. Na semana passada, ele se envolveu em polêmica com vereadores, ao dizer que eles deveriam ter mais “sangue nos olhos” com a fiscalização da gestão municipal. Em contrapartida, vereadores, um deles Dilemário Alencar (Podemos), disse que o deputado precisava de colírio ou tratamento emocional.
“O que não pode é o secretário, independente de inconsistências ou não, parar o serviço público de saúde, parar os anestesistas e não termos cirurgias por conta de qualquer incongruência no pagamento. Que pague aquilo que a secretaria entende que é devido e depois que se discuta junto com a empresa, que é terceirizada, essa diferença que está dando a inconsistência, que tem impedido a secretaria de pagar o valor cheio do contrato”, explica.
De acordo com a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado de Mato Grosso (Coopanest-MT), empresa que administra 3 unidades de saúde no Estado, o Hospital Regional de Sorriso e o Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, também estão com salários atrasados.
Fonte: gazetadigital.com.br