O senador Jayme Campos (União) teme que a privatização de 4 aeroportos de Mato Grosso tenha o mesmo fim que a BR-163, que após ser transferida para a iniciativa privada, não recebeu os investimentos previstos no contrato de concessão.
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Os terminais em questão foram concedidas à Centro Oeste Airports (COA), que é responsável por administrar as unidades de Cuiabá, Rondonópolis, Alta Floresta e Sinop.
Nesta segunda-feira (27), senadores e membros do alto escalão do governo cobraram a conclusão das obras atrasadas, durante evento promovido pela concessionária, no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
“Foi feito um aditivo de prorrogação de obra de 8 meses por conta da pandemia. Agora, dizem que vão entregar as obras em dezembro. Não podemos que as obras desse aeroporto vire uma BR-163, que foi privatizado e quase nada de investimento foi feito. Enquanto isso a sociedade continua pagando inúmeras taxas, sem ter os devidos investimentos prometidos”, disse.
Durante conversa com a imprensa em frente ao único terminei de desembarque, Jayme criticou a estrutura precária que os usuários são atendidos na Capital.
“Fiquei muito triste porque vi que uma das esteira de bagagem não está funcionando, em alguns embarques o passageiro tem que andar 600 metros pra embarcar no avião”, continuou.
Até dezembro
Durante o evento, a empresa exibiu um vídeo com o pacote de melhorias que os 4 terminais devem receber, pelo custo de R$ 500 milhões. De acordo com o diretor-presidente da COA, Marco Migliorine, as obras devem ser finalizadas até dezembro.
“Nós estamos dando a população, através desse evento, o compromisso da empresa com o lelião que vencemos em 2019. Nós não viemos aqui para ficar 3 dias ou três anos. Ninguém estudou melhor esse negócio como nós. Tem concessões em aeroportos que não deram certo, mas aqui falo com tranquilidade, que esse não é o nosso caso”, respondeu ao GD.
Fonte: gazetadigital.com.br