Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Wellington Fagundes (PL) e o deputado federal Abílio Brunini (PL) disseram que o desejo “do povo” e do partido é que ele tenha uma candidatura à Presidência e não ao Senado nas eleições de 2026. Bolsonaro teria exposto a aliados o desejo de disputar o Senado e teria considerado Mato Grosso como uma das opções de estado para lançar sua candidatura.
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De acordo com a coluna Painel, da Folha S. Paulo, a estratégia de lançar uma candidatura por Mato Grosso se dá principalmente por seu forte capital político no estado, que é considerado amplamente bolsonarista. Ele também estaria cogitando Rondônia e Distrito Federal, onde o bolsonarismo também é forte.
Defensor de Bolsonaro, Abílio disse que é cedo para falar sobre as eleições de 2026, mas afirmou que o desejo “do povo” é que o ex-presidente tente novamente ser o chefe do Executivo.
“Está muito cedo para essa discussão, mas ele sabe que aqui ele é bem-vindo e aqui ele tem ampla maioria dos votos. Se caso ele vier a ser candidato aqui em Cuiabá ou no Mato Grosso acredito que não terá dificuldade alguma. Mas eu acho que está muito cedo e o povo ainda espera Bolsonaro para presidente”.
No último pleito, a maioria eleitores votou em Jair Bolsonaro em Mato Grosso. O candidato do PL obteve 1.216.730 votos, o que corresponde a 65,08% dos votos válidos. Já o presidente Lula, obteve 652.786 votos, o que representa 34,92% dos votos válidos.
Para o senador Wellington Fagundes, Bolsonaro teria capacidade de se eleger para qualquer cargo, não só em Mato Grosso. Porém, o desejo do partido é por uma candidatura à Presidência.
“Ele tem capacidade de ser [senador] em qualquer Estado, qualquer cargo, principalmente no parlamento. […] Agora, o presidente Bolsonaro eu acho que o projeto maior do partido é tê-lo como candidato a presidente da República, pelo menos foi tudo o que a gente conversou no partido até agora”.
O senador ainda falou sobre um projeto que tramita no Senado, que pretende permitir que os ex-presidentes da República tenham cargos vitalícios de senador, sem direito a voto. O papel seria mais de conselheiro.
“Ele participaria das comissões, teria direito a fala, a opinião e aí, claro, isso tem que ser aprovado pelo Senado, mas eu sou simpático a essa ideia. […] Acredito que nós teríamos que dar direito, se possível, a todos que estão em vida porque cada ex-presidente é um conselheiro, uma pessoa que viveu a experiência do país […], se tivesse a oportunidade de ser presidente da República, não abriria mão de que todos os ex-presidentes fossem meus conselheiros, independente de cor partidária”.
Wellington ainda afirmou que a ex-presidente Dilma poderia ter se beneficiado disso, já que, assim como o ex-presidente Fernando Collor, ela também passou por um impeachment.
“Eu já tive a oportunidade de ter, […] reuniões em que havia ali até um aconselhamento. E olha, se a Dilma tivesse ouvido o Collor, provavelmente ela não teria passado pelo impeachment. E eu sou testemunha disso, porque o próprio presidente Collor na reunião disse ‘olha, eu passei por isso, eu sei onde eu errei e eu gostaria aqui de passar a minha opinião’. Ele falou ‘aqui não é o problema é da questão fiscal, nós temos aqui um problema político’, enfim, então por isso eu acho que o ex-presidente pode ajudar muito”.
Fonte: gazetadigital.com.br