As chuvas começam a ficar regulares em Mato Grosso e o plantio de soja deve ser agilizado nos próximos dias. Na Bom Futuro, por exemplo, 40% da área total de 313 mil hectares já estão cultivados, o que é um recorde para o período em 24 anos. De 16 a 30 de setembro, depois do fim do período de Vazio Sanitário, as condições climáticas favoreceram o plantio de 116 mil hectares.
De acordo com o diretor de Produção da Bom Futuro, Inácio Modesto Filho, a safra 2022/23 se apresenta favorável a um plantio de variedades precoces e dentro da janela ideal para boa produtividade. “Quanto mais cedo ocorre o plantio, melhor é a produtividade. Da mesma forma, favorece a próxima safra de algodão, que é nosso carro chefe”, explica.
Por enquanto, as chuvas estão regulares na região de Matupá e há déficit hídrico na região do Araguaia. Porém, especialistas da empresa informam que em alguns dias haverá precipitações gerais por todo Mato Grosso.
Analistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram que o ritmo de plantio da nova safra de soja supera o registrado em igual momento do ano passado – quando a semeadura também estava acelerada – em 0,13 pontos percentuais (p.p.), e está bem acima da média dos últimos cinco anos. Na virada do mês, o plantio cobria 6,29% da área estimada em 11,81 milhões de hectares (ha).
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A região oeste do Estado é a mais adiantada, com 11,30% da superfície coberta com soja.
Ainda de acordo com o Imea, a produtividade da soja para a safra 2022/23 ficou estimada em 58,96 sc/ha em outubro, alta de 0,64% ante o mês passado. “O aumento na expectativa foi pautado pelas chuvas no Estado, que apresentaram volumes após o fim do Vazio Sanitário da soja (15/09), o que proporcionou ao produtor de algumas regiões entrar com as máquinas nas lavouras”, apontam os analistas.
Além disso, segundo o TempoCampo, as precipitações para os próximos 30 dias apontam volumes acumulados de 150 a 200 mm em boa parte das regiões de Mato Grosso, o que pode auxiliar no desenvolvimento inicial da cultura. Em relação às regiões do Estado, destaque para a oeste, que apresentou a maior produtividade (60,09 sc/ha) entre as demais. Desse modo, com o ajuste no rendimento e a manutenção da área em 11,81 milhões de hectares, a estimativa de produção mato-grossense aumentou 0,64% em outubro ante a perspectiva de setembro, totalizando 41,78 milhões de toneladas.
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