Pais e alunos protestaram contra a volta da garota com cartazes colocados na frente da unidade de ensino
Pais e alunos do colégio particular Maxi – de Cuiabá – espalharam cartazes contra a matrícula de B.O.C., 16 anos, para o segundo semestre do ano letivo. A menor estava internada no Centro Menina Moça, anexo ao Complexo do Pomeri, desde janeiro de 2021, por matar a melhor amiga, Isabele Ramos, em 2020, com tiro no rosto, mas ganhou direito à liberdade no dia 8 de junho deste ano.
O retorno das aulas para os estudantes do Ensino Fundamental e Ensino Médio na unidade ocorreu nessa segunda-feira (25) e já era possível ver protestos isolados contra a volta da menor. “Lugar de assassina é na cadeia, não na escola”, diz um dos cartazes.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
>>> Receba notícias no Telegram e fique bem informado
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe a direção escola de negar a matrícula da aluna, que já estudava na unidade antes de matar a amiga.
Leia mais
TJMT manda soltar menor que matou amiga com tiro no rosto
“Vão passar uma borracha em cima disso e deixar ela solta?”, questiona mãe de Isabele
Após o crime, ela chegou a assistir aulas online, por conta da pandemia, mas essa vai ser a primeira vez que retorna presencialmente ao colégio. A direção da escola, inclusive, teria alertado aos pais sobre uma possível ‘retaliação’ por parte de outros alunos, mas eles insistem na matrícula.
Por meio da assessoria de imprensa, o colégio disse que “não vai se pronunciar no momento”.
“B. vai voltar para a escola. E eles não podem impedir ela. Mas, nós podemos com a ajuda de cada uma de vocês”, escreveu uma página de homenagem à Isabele nas redes sociais.
Soltura
No dia 8 de junho de 2022, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso acatou recurso e mandou soltar a menor B.O.C. Ela estava internada no Complexo do Pomeri desde janeiro de 2021 por matar a melhor amiga, Isabele Ramos, em 2020, com tiro no rosto.
Em sessão de julgamento, o Colegiado alterou a acusação de crime análogo a homicídio doloso – com intenção de matar – para homicídio culposo. Ou seja, aceitou a alegação de tiro acidental da defesa da menor.
Desde então, ela segue em liberdade.
Fonte: reportermt.com