MT: CAOS EM CUIABÁ: Sem dinheiro, intervenção na Saúde será um fracasso, diz Edna

MT: CAOS EM CUIABÁ:   Sem dinheiro, intervenção na Saúde será um fracasso, diz Edna
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Vereadora cita a previsão de déficit de mais de R$ 500 milhões, apontada pelo Gabinete de Intervenção no orçamento

Edna Sampaio, do PT, cobra repasse do Governo para a Saúde em Cuiabá

A vereadora Edna Sampaio (PT) afirmou, nesta terça-feira (4), que a intervenção do Governo do Estado sobre a Secretaria Municipal de Saúde não será efetiva se não gerar como resultado a responsabilização do próprio Governo sobre os repasses para o setor.

Ela destacou a previsão de déficit de mais de R$ 500 milhões, apontada pelo Gabinete de Intervenção no orçamento municipal, observando que as irregularidades que motivaram a intervenção – más condições de trabalho dos profissionais, falta de medicamentos e procedimentos cirúrgicos não realizados – demandam recursos e não as medidas administrativas que vêm sendo apontadas pelo órgão.

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“Se falta recurso no caixa do executivo, para além das questões de gestão, administrativas, há uma questão de financiamento público da saúde. Se o prefeito desviou recursos da saúde, temos poderes instituídos para fiscalizar e condenar atos de corrupção e estas instituições precisam funcionar. Mas, no caso da intervenção, embora tenha sido decidida pelo judiciário, há um objeto concreto a ser feito e ele depende de recurso público”, disse ela.

“E o que vemos no plano da intervenção são ações administrativas, que nem sequer tangenciam o problema central, que é o financiamento da saúde. Então, é óbvio que não teremos resolução do problema dessa forma, pois o problema da intervenção extrapola em muito o problema da gestão meramente, da incompetência do executivo em fazer uma gestão diligente”, afirmou.

Em sua avaliação, o Governo do Estado precisa assumir sua responsabilidade no financiamento da saúde do município, já que o problema concreto é a falta de recursos.

“Vamos deixar que o governo do estado continue a olhar os problemas de Cuiabá como se não fossem dele e a se locupletar com uma intervenção em que ele tem responsabilidade também? Não podemos aceitar esse tipo de manipulação da opinião pública. A intervenção é um remédio extremamente amargo, que rompe o pacto federativo, mas não desobriga os governos a conduzirem de maneira diligente a saúde”, disse.

Para a vereadora, os colegas de parlamento precisam investigar a questão para além das disputas eleitorais e a Câmara tem obrigação de contribuir para que a intervenção obtenha êxito, isto é, garanta recursos para Cuiabá.

“O governador não é um ator externo, não é ‘desresponsável’ pelo que acontece na saúde de Cuiabá e o prefeito também precisa ter compromisso com a população que o elegeu”, disse.

“Por mais amarga que seja, a intervenção pode ser a possibilidade de diálogo entre o governador e o prefeito. Mas, se nos comportarmos como torcidas de times adversários, a intervenção será um fracasso para governador, prefeito e, principalmente, para a população”, completou..

Fonte:    diariodecuiaba.com.br


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