PF e Receita Federal cumprem mandados judiciais no Shopping Popular, em Cuiabá
O presidente da Associação dos Camelôs do Shopping Popular e ex-vereador por Cuiabá, Misael Galvão, disse que confia no trabalho da polícia e na Justiça e que cada empresário que atua no local responde por seus atos. O Shopping Popular é um dos alvos da operação Sign Off, deflagrada pela Polícia Federal e pela Receita Federal, na manhã desta quarta-feira (16), em várias cidades de Mato Grosso. A operação ainda está em andamento.
“Eu confio na polícia, confio na justiça. E o que nós sempre fizemos todos os dias da nossa vida é trabalhar, gerar emprego. E graças a Deus, hoje, cada empresa dessas que trabalha aqui no Shopping Popular tem a sua empresa constituída. E aí, nos traz tranquilidade porque cada um responde pelos seus atos”, disse Misael em conversa com a imprensa nas primeiras horas da manhã.
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Oito lojas do Shopping Popular foram alvos da operação. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal de Mato Grosso, que também determinou a suspensão de atividades econômicas das empresas intermediadoras dos recursos, sequestro de bens móveis e imóveis, bloqueio de criptoativos e valores em contas bancárias.
“A nossa equipe jurídica está dando todo o apoio para a polícia, para o delegado, para a Receita Federal, até porque é o seguinte, a gente está com toda tranquilidade que o Shopping Popular precisa abrir para as pessoas trabalharem”, ressaltou Misael.
As investigações revelaram que o grupo investigado teria movimentado em apenas um ano e meio mais de R$ 120 milhões. Esses valores seriam recebidos em contas de empresas de fachada registradas em nome de laranjas, com o objetivo de dissimular a origem e a finalidade da remessa desses valores ao exterior para o pagamento dos eletrônicos.
Os investigados na operação poderão responder pelos crimes de descaminho (Art. 334, do Código Penal), organização criminosa (Art. 2º, caput, da Lei nº 12.850/13), evasão de divisas (Art. 22, parágrafo único, da Lei nº 7.492/86) e lavagem de capitais (Art. 1º, caput, da Lei nº 9.613/98), cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de prisão.
Participam da operação 180 policiais federais, 74 auditores-fiscais e analistas tributários para o cumprimento de 50 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Alta Floresta, Rondonópolis, Ribeirão Preto (SP) e Ponta Porã (MS).
Fonte: reportermt.com