Eles exigem reposição de descontos indevidos e melhores condições de trabalho
Servidores protestaram em frente à sede do Coren
O servidores do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) paralisaram as atividades nesta segunda-feira (24) reivindicando reposição salarial devido a descontos indevidos em folhas de pagamento e o Plano de Cargos e Salários (PCCS).
A paralisação coletiva de um dia de trabalho no expediente foi aprovada por unanimidade durante a assembleia geral extraordinária realizada no dia 14 de abril de 2023.
Nos cartazes eles pedem respeito aos seus direitos, pagamento do INPC e reposição salarial e pagamento de auxílio.
“Essa gestão nos desrespeitou. Não cumpre com nada. Ganhamos na Justiça nossa reclassificação. Nosso acordo coletivo do ano passado não pagaram completo, vai fazer um ano”, disse um dos servidores que preferiu não se identificar.
“Descontaram nosso auxílio alimentação de forma incorreta no ápice da pandemia”, afirmou.
Do efetivo completo, 30% permaneceu trabalhando como é previsto por lei. Além da sede em Cuiabá, o Coren tem subseções em Cáceres, Sinop, Tangará da Serra e Barra do Garças.
Sindicato dos Empregados dos Conselhos e Ordens de Fiscalização do Exercício Profissional do Estado de Mato Grosso (SINDIFISC-MT) solicitou a retomada imediata das negociações de reposição de perdas salariais referente ao acumulado entre 2021 e 2022 até maio de 2023.
Dentre as demandas está a “reposição de perdas salariais acumuladas nos últimos 12 meses”; “cumprimento e aplicação das reclassificações (progressão de carreira) dos empregados pertencentes ao PCCS”.
Eles pedem também o “pagamento dos descontos indevidos aplicados sobre os auxílios alimentação do ano de 2020” e “reajustes dos valores das diárias”, além de melhores condições de trabalho.
“Se não houver avanço na negociação será convocada uma nova Assembleia Extraordinária para aprovação do início da greve geral por tempo indeterminado”, afirmou a presidente do sindicato, Rosangela Vieira.
Outro lado
O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso se manifestou por meio de nota.
Confira na íntegra:
O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) informa que em relação à paralisação dos seus empregados públicos nesta segunda-feira (24) as reivindicações da categoria foram recebidas em 11 de abril e no dia 13 de abril foi determinada a criação de um grupo de trabalho para avaliar a viabilidade financeira e apresentar uma contraproposta.
Algumas das reivindicações da categoria já são alvo de ação judicial, o que impossibilita qualquer aplicação transitória, pois ainda não há decisão final, sob pena de responsabilização dos gestores.
A diretoria do Coren-MT tem trabalhado incansavelmente para atender o pleito dos empregadas públicos, no entanto, a autarquia passa por situação financeira delicada, que teve como consequência um contingenciamento de gastos.
O Gestão do Coren-MT entende que as reivindicações e a negociação fazem parte do processo democrático da gestão, porém, lamenta que o movimento não esteja respeitando a legislação, que prevê a manutenção de 30% do efetivo em cada unidade, o que não foi cumprido, já que das cinco subseções no interior apenas uma continua prestando atendimento aos profissionais.
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Fonte: midianews.com.br