Acusado de atos golpistas, o prefeito Carlos Alberto Capeletti, da cidade de Tapurah (433 km a Médio-Norte de Cuiabá) agora quer seu cargo de volta.
O bolsonarista foi afastado por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em dezembro do ano passado.
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Em um agravo enviado à Suprema Corte, nesta quinta-feira (19), ele pede que a decisão seja revista e volte ao cargo.
A defesa do prefeito alega que a decisão de Moraes extrapolou os pedidos do Ministério Público de Mato Grosso, que cobrou apenas sua inclusão no polo passivo das investigações.
Em nenhum momento, dizem, o MPMT pediu seu afastamento, como fez Moraes.
Ele ainda argumenta à insignificância da cidade: “Ainda que se pudesse, apenas por hipótese, atribuir o eventual deslocamento de mais de 300 pessoas de Tapurah a Cuiabá, como narrado no vídeo, tal movimento não provocaria nenhuma ruptura institucional”.
Para ele, mesmo se levasse todos os 14.380 habitantes de Tapurah à capital, ele não causaria muito nenhuma ruptura institucional.
No dia 14 de novembro, Capeletti divulgou um video relatando que estava acampado em Brasília, em frente ao QG do Exército, durante o exercício de seu mandato.
Ele estaria participando dos atos que pediam intervenção militar após a derrota eleitoral do então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Capeletti já havia sido alvo do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), após divulgar um outro vídeo, no qual prometia sortear um carro para estimular eleitores da cidade a votarem em Bolsonaro.
Por ordem judicial, o prefeito teve que retirar o vídeo das redes sociais e se retratar publicamente, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
Com informações do site O Antagonista
Fonte: diariodecuiaba.com.br