Na tentativa de obter o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), o plantador de soja Antonio Galvan (PTB), presidente licenciado da Aprosoja Brasil, anda na contramão e faz tudo para dividir o já dividido setor do agronegócio em Mato Grosso.
O sojicultor, que mora em Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), adotou, como bandeira principal, em seu discurso em pré-campanha ao Senado, passar a imagem de “bolsonarista raiz”.
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Em entrevista, Galvan desferiu torpedos em direção aos primos Blairo e Eraí Maggi, afirmando que ambos não “têm mais voz” no agronegócio de Mato Grosso.
Na verdade, ele anda incomodado com as articulações que o deputado federal Neri Geller (PP) vem fazendo para “fechar” com o PT, reforçando seu projeto de disputar o Senado.
O parlamentar, como se sabe, é protegido dos Maggi e perdeu espaço no palanque do governador Mauro Mendes (União Brasil).
Para analistas, o problema é que Antonio Galvan não consegue se desfazer da pecha de “bolsonarista radical”.
Como se recorda, ele ficou famoso por patrocinar atos antidemocráticos em favor de Bolsonaro e contra o STF e o Congresso para onde ele quer ir.
Em análise recente sobre os pré-candidatos, o jornalista Eduardo Gomes afirmou que Galvan “é a imagem do carreirismo sindical patronal rural” (leia AQUI).
Fonte: diariodecuiaba.com.br